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Lusa reclama de agressão de bugrinos a diretores e de 'artimanhas' do Guarani

Redação Folha Vitória

São Paulo - Equipes de porte no futebol paulista, Guarani e Portuguesa se enfrentaram segunda-feira à noite, pela Série C, com vitória bugrina por 1 a 0, mas o jogo acabou manchado por confusões. O árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo relatou em súmula que um grupo de torcedores alviverdes invadiu um camarote exclusivo dos dirigentes lusitanos no Brinco de Ouro. Além disso, o vestiário visitante ficou sem energia durante todo o confronto.

Uma parte da torcida do Guarani diz que a confusão começou só depois que um dirigente da Portuguesa atirou um copo em direção às arquibancadas. Sem a confirmação da Polícia Militar (PM), o árbitro relatou apenas que o encarregado pela fiscalização da Federação Paulista de Futebol (FPF), Elton Correia Primo, o informou da confusão, o que atrasou o reiniciou da partida após o intervalo.

O quarto árbitro e delegado do confronto, Flavio Rodrigues de Souza, confirmou que o vestiário da Portuguesa ficou sem energia elétrica durante toda a permanência no estádio. A comissão técnica lusitana tirou fotos do apagão, que atrapalhou a preparação dos jogadores para o confronto.

Em nota, a diretoria da Lusa lamentou os fatos. "A delegação da Portuguesa foi vítima de artimanhas do século passado, como falta de energia elétrica no vestiário e agressões a membros da diretoria e da comissão técnica. Nosso departamento jurídico está estudando quais medidas tomar em relação aos acontecimentos de ontem (terça). Podemos adiantar, porém, que na próxima visita do Guarani ao Canindé todos serão recebidos com o respeito e a cordialidade que deveriam marcar sempre a relação entre instituições de tamanha tradição."

O técnico Estevam Soares também reclamou. O treinador lembrou que estes 'apagões' eram vistos na década de 70 e 80, e que não combinam com o futebol atual. Agora ele espera que o que foi relatado na súmula seja julgado e que os responsáveis sejam punidos.

"Isso é coisa que acontecia no futebol dos anos 70 e 80. Não cabe mais ao futebol brasileiro esse tipo de coisa. Somos profissionais, merecemos respeito. O que aconteceu hoje (segunda) não pode acontecer mais", desabafou o treinador após o confronto.

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