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Após ouro no Rio-2016, Daniel Dias diz que quer 'conquistar respeito do povo'

Redação Folha Vitória

Rio - Tricampeão olímpico e primeiro brasileiro medalhista de ouro da natação da Paralimpíada do Rio de Janeiro, Daniel Dias comemorou nesta quinta-feira não apenas a vitória na prova dos 200 metros livre. O nadador celebrou também o fato de contar com seus dois filhos acompanhando a sua vitória, na torcida.

Ele também afirmou que a competição serve para incentivar e valorizar o esforço dos atletas. "É uma oportunidade para lutar pelos nossos sonhos e objetivos. Acima de conquistar a medalha de ouro está conquistar o respeito do povo", afirmou Dias.

O atleta também falou que é uma honra ser chamado de "Michael Phelps brasileiro", mas que sabe do seu valor. "Eu sou o Daniel Dias e sei que cheguei aqui a muito custo. Procuro sempre fazer o meu melhor e a medalha é a consequência", afirmou. Dias agora pretende descansar para enfrentar as próximas provas e disse que não pensa em quantas medalhas espera ganhar. "Vamos viver um dia de cada vez", disse.

Dias é o maior medalhista do país, agora com 16 conquistas, 11 de ouro, quatro de prata e um de bronze, conquistadas nas Paralimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012. Também é dono de 14 títulos e seis recordes mundiais.

Daniel Dias, contudo, não foi o único a comemorar nesta quinta, no primeiro dia de disputas da Paralimpíada. Italo Pereira ganhou sua primeira medalha em Paralimpíada ao chegar em terceiro lugar na prova dos 100 metros costas.

O medalhista de bronze revelou que começou a nadar como forma de substituir a fisioterapia. "Era muito chato para um menino novo como eu fazer fisioterapia e o médico me deu a opção da natação, que eu já gostava. Depois, uma professora viu que eu levava jeito e podia competir", disse Pereira, de apenas 20 anos. Ele começou a nadar em 2009.

Ele também destacou os sacrifícios que teve de fazer para alcançar finalmente o pódio. "Eu andava seis horas de ônibus, por dia, em Goiânia, para treinar. Ainda tinha que cuidar da minha irmã, voltar para o treino, e conciliar com a escola. Depois fui morar em São Caetano, em São Paulo, para melhorar o treinamento. Foi quando fiquei longe da minha família. Além de outros sacrifícios, como não poder sair várias vezes, ou deixar de comer alguma coisa", disse o atleta, que ainda disputa mais três provas nesta Paralimpiada.

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