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Duelo Murray x Del Potro abrirá confronto entre Grã-Bretanha e Argentina na Davis

Redação Folha Vitória

Glasgow - A ordem das partidas do confronto entre Grã-Bretanha e Argentina, pelas semifinais da Copa Davis, em Glasgow, na Escócia, foi definida nesta quinta-feira por meio de sorteio e determinou que Andy Murray e Juan Martín del Potro irão se enfrentar logo de cara na série melhor de cinco jogos do embate entre as duas nações, marcado para começar nesta sexta.

Murray e Del Potro mediram forças pela última vez na final dos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto, onde o escocês levou a melhor ao vencer por 3 sets a 1 no longo jogo que lhe rendeu a medalha de ouro. Atual vice-líder do ranking mundial, o britânico, por sinal, ganhou seis dos oito duelos que travou com o argentino, ex-Top 10 que ocupa hoje a 64ª posição da ATP por causa dos longos períodos de afastamento das quadras motivados por graves lesões no punho.

Murray, por sua vez, também foi escalado pela Grã-Bretanha para jogar a partida de duplas de sábado, ao lado do irmão Jamie Murray. Para esse confronto a Argentina definiu Federico Delbonis e Leonardo Mayer, embora o capitão Daniel Orsanic possa mudar um dos tenistas e eventualmente colocar Del Potro como substituto de um deles se quiser.

Além do duelo entre Murray e Del Potro, a programação desta sexta também prevê o confronto entre Guido Pella e Kyle Edmund no segundo jogo de simples do dia. Já para domingo está prevista a inversão das partidas de sexta, com Murray medindo forças com Pella na primeira partida do dia e Edmund fechando o embate entre as nações em seguida contra Del Potro.

Grandes atrações do duelo entre britânicos e argentinos, Murray e Del Potro estavam em rota de colisão para um possível confronto nas semifinais do último US Open, mas ambos foram eliminados nas quartas de final do Grand Slam norte-americano, encerrado no último domingo, em Nova York. Até por isso, os dois tenistas tiveram mais tempo para se recuperar fisicamente para as semifinais da Davis.

"Eu vou tentar jogar e lutar o máximo que eu puder neste final de semana e ajudar a equipe o quanto for possível", ressaltou Murray durante o sorteio desta quinta-feira, no qual depois avisou que pretende "dar uma pausa" que realmente necessita em meio ao estafante calendário do circuito profissional do tênis.

A temporada de Murray tem sido mesmo altamente desgastante. Antes de cair nas quartas de final do US Open, ele disputou nada menos do que sete finais seguidas, tendo vencido quatro delas (no Masters 1000 de Roma, no Grand Slam de Wimbledon, na Olimpíada do Rio e no Torneio de Queen's). Para completar, ele foi vice-campeão nesta sequência de sete decisões em Roland Garros e nos Masters 1000 de Madri e Cincinnati.

A Grã-Bretanha defende a condição de atual campeã da Davis, depois de ter encerrado um longo jejum de títulos na competição que durava desde 1936, e Murray é uma peça fundamental para levar a nação para mais uma decisão. "Vai ser um final de semana muito, muito duro para nós vencermos este confronto, mas todos os jogadores querem passar por isso e este é o grande objetivo para nós", disse o tenista número 2 do mundo, para depois enfatizar: "Alcançar outra final de Davis será um feito fantástico".

Embora atue fora de casa diante dos britânicos, que assim puderam também escolher o piso do confronto, a Argentina defenderá a tradição de quem disputou 11 semifinais de Davis nos últimos 15 anos. França e Croácia jogarão a outra semifinal da competição, em solo croata, na cidade de Zadar.

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