Paraná tenta respirar em meio à polêmica e pressão da torcida
Sem vencer há nove jogos no Campeonato Brasileiro e com problemas de relacionamento nos bastidores, o Paraná tem uma missão difícil neste domingo. No estádio Durival de Britto, o time paranaense enfrentará o embalado Santos, em jogo válido pela 24.ª rodada, com a missão de conseguir fôlego para seguir vivo na briga contra o rebaixamento.
Com o longo jejum, o Paraná está na lanterna, com 16 pontos, a oito de distância do Vasco, primeiro time fora da zona da degola, com 24. Na última rodada empatou por 1 a 1 com a Chapecoense, também ameaçada pelo risco de descenso.
Após o jogo, o Paraná teve um episódio polêmico nos bastidores. Em um áudio vazado, o lateral-esquerdo Igor fez críticas ao trabalho do executivo de futebol Rodrigo Pastana e ainda disse que o elenco estava com duas folhas de salário atrasadas.
Em coletiva na manhã de sexta-feira, ele se desculpou pelas palavras e desmentiu a questão salarial. "No áudio eu falo, mas estava de cabeça quente, mas não tem nada. Resolvemos isso internamente",afirmou de forma incoerente.
Mas, por coincidência, Pastana foi o alvo principal de protesto da torcida e pode até sair do cargo caso o time não comece a reagir. Na tentativa de evitar um mal-estar ainda maior, a diretoria não puniu Igor, que inclusive será titular neste jogo.
De qualquer maneira, o técnico Claudinei Oliveira terá outros problemas para definir a escalação. O zagueiro Cleber Reis está lesionado, mas não poderia jogar mesmo se não estivesse. Isso porque ele pertence ao Santos e um acordo entre os clubes que não permite a sua utilização. Além disso, o meia Leandro Vilela vai cumprir suspensão e o atacante Silvinho segue em recuperação no departamento médico.
Com as baixas, Jhonny Lucas e Torito González brigam por uma vaga no meio de campo e Rayan substituirá Cleber. Outra mudança na defesa pode ser a entrada de Jesiel no lugar de Renê Santos, que é dúvida e será reavaliado pelo departamento médico. Nadson e Carlos devem jogar no ataque ao lado de Rafael Grampola.