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Após promessa de brigas, jogo em São Januário tem clima tranquilo entre torcidas

Dentro do estádio, houve tumulto no bar destinado à torcida paulista antes da partida. Alguns torcedores tentaram saquear as bebidas se aproveitando da estrutura precária do bar

Redação Folha Vitória
Torcida do Vasco Foto: Divulgação

Rio - Considerado jogo de alto risco pelo histórico de animosidade entre as duas torcidas, somado ao momento delicado do Vasco no Brasileirão, o jogo da noite desta quinta-feira acabou transcorrendo razoavelmente dentro da normalidade. O principal incidente foi a tentativa de um torcedor corintiano que tentou entrar com material explosivo no São Januário. Houve também casos isolados de tumulto, tanto dentro quando do lado de fora.

Segundo a Polícia Militar, o torcedor detido carregava nove bombas, totalizando aproximadamente meio quilo de material explosivo. O nome e a idade não foram revelados, mas ele teria cerca de 30 anos.

O conteúdo foi identificado durante a revista na entrada do estádio - antes de chegar ao Rio, os ônibus com torcedores do Corinthians já haviam sido revistados pela PM na altura do Arco Metropolitano, a cerca de 70km de distância. O corintiano detido foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim), instalado no São Januário.

Dentro do estádio, houve tumulto no bar destinado à torcida paulista antes da partida. Alguns torcedores tentaram saquear as bebidas se aproveitando da estrutura precária do bar. Eles foram contidos pelo policiamento.

A torcida do Vasco também provocou um pequeno tumulto do lado de fora. A demora para entrar no estádio minutos antes do início do confronto fez com que houvesse um empurra-empurra em um dos portões, e a polícia militar chegou a intervir com o uso de cassetetes, mas não houve maiores desdobramentos.

Os corintianos lotaram seu espaço no estádio faltando cerca de 40 minutos para o início do jogo. A torcida era predominantemente masculina, já que mulheres foram "impedidas" de viajar nas caravanas que partiram de São Paulo por uma questão de segurança. Há dez dias, mensagens de pessoas que se identificavam como torcedores do Vasco em redes sociais pediam que mulheres e crianças não fossem ao jogo pelo risco de brigas.

Mesmo assim, algumas poucas mulheres estiveram em meio à torcida do Corinthians. Foi o caso das paulistanas Isabelle Bottini e Ana Ligia Corrêa, que viajaram de avião pela manhã. Minutos antes da partida,elas demonstravam confiança. "Eu espero ser campeã sem precisar ajuda do rival, mas quero apenas que tudo transcorra bem. O momento no mundo pede isso", disse Ana Ligia. Acabou parcialmente atendida.

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