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Ídolo, Camilo diz ter sido abraçado em Chapecó: 'Devo muito à Chapecoense'

Redação Folha Vitória

Rio - Há três anos na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, a Chapecoense teve tempo de construir poucos ídolos. Um deles é o meia Camilo, destaque na campanha da equipe nas temporadas 2014 e 2015. Foi ali que ressurgiu o jogador de 30 anos, que antes tinha passagens por clubes como Ceará, Sport e Cruzeiro.

"Eu devo muita à Chapecoense. Cheguei com uma lesão no clube e falei isso para eles. Me abraçaram e fizeram um contrato comigo. Em 2014, me deram toda a ajuda para demonstrar o meu futebol. Se estou aqui no Botafogo, é porque devo muito à Chapecoense", disse o jogador, nesta terça-feira.

Hoje Camilo é titular absoluto do Botafogo, tendo marcado seis gols na boa campanha que a equipe faz no Campeonato Brasileiro. Mesmo no Rio, não se afastou dos amigos que deixou em Chapecó. "Falei com eles depois do jogo contra o San Lorenzo (pela semifinal da Copa Sul-Americana). Em grupos de celular a gente sempre brinca. Falei que eram merecedores de tudo que estavam conquistando", contou.

Camilo atendeu à imprensa na sua casa. O Botafogo deveria treinar pela manhã, mas cancelou a atividade depois de uma reza do grupo. O meia foi dispensado antes ainda. Estava abalado pela morte dos amigos.

"Estava indo para o treino quando soube. fiquei em choque, em pânico. Cheguei no clube e falei com o Jair (Ventura, técnico) que não tinha condições de treinar. Voltei para casa para ficar com a minha esposa, que está grávida, e ficou muito preocupada. A dor é a pior do mundo. Passa muita coisa na minha cabeça, antes de acertar com o Botafogo, estava com um pé para voltar à Chapecoense", revelou.

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