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Após percorrer o Brasil em 2014, seleção quer viajar menos na Rússia

Redação Folha Vitória

Moscou - Depois de exigir que seleções estrangeiras viajassem por horas pelo Brasil para disputar seus jogos na Copa do Mundo de 2014, a CBF agora tenta garantir que sua seleção passe o menor tempo possível na estrada durante o Mundial de 2018. Para isso, porém, terá de contar com a sorte ou, segundo os mais cínicos, com a influência de seus cartolas.

O Estado revelou em setembro que o Brasil ficará em Sochi, no sul da Rússia e uma das sedes da Copa. Mas apenas terá uma ampla vantagem em termos de trajetos se for sorteado, na sexta-feira, para liderar o Grupo B.

Se esse for o resultado do sorteio, o Brasil estreia em Sochi mesmo no dia 15 de junho, o que lhe permitirá ter a preparação e o jogo de estreia no mesmo lugar. Mas as vantagens também incluem os trajetos para os jogos seguintes. Pelo calendário, o Brasil apenas teria de visitar Saransk e Moscou até chegar à final.

O percurso contrasta com o que ocorreu com a seleção em 2014, no Brasil. O time de Luiz Felipe Scolari disputou seus jogos em São Paulo, Fortaleza, Brasília e Belo Horizonte. Se tivesse ido para a final, ainda jogaria no Rio de Janeiro. Agora, se o time ficar em primeiro lugar no seu grupo, faria a partida de quartas de final também em Sochi, além da semifinal e da decisão em Moscou.

Em 2014, a CBF e o governo brasileiro justificaram as viagens alegando que a seleção precisava percorrer o País. Também foi abolido a ideia de que grupos permanecessem em uma mesma região. Isso foi a condição pela qual alguns dos governos estaduais aceitaram colocar dinheiro público para as obras dos estádios. Não queriam, por exemplo, apenas seleções fracas. A solução foi exigir que todos percorressem o País, numa proposta que gerou críticas por parte de diversas seleções.

LIMPO - Durante a simulação do sorteio realizada nesta quarta-feira, a Fifa foi obrigada a garantir que o sorteio seria limpo e que não haveria como identificar as bolas colocadas em cada pote. No ano passado, o ex-presidente da entidade, Joseph Blatter, garantiu que viu manipulações em sorteios na Europa. Mas garantiu que, enquanto ele foi presidente da Fifa, isso nunca ocorreu na entidade máxima do futebol mundial.

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