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Barbosa assume a seleção feminina de basquete e minimiza momento da LBF

Redação Folha Vitória

São Paulo - Em meio a um conturbado momento no basquete feminino brasileiro, Antonio Carlos Barbosa volta ao comando da seleção do País. É a terceira passagem do veterano treinador de 70 anos, e talvez a mais conturbada delas. Mas nem a crise entre os clubes da modalidade e a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e nem o atual momento da Liga de Basquete Feminino (LBF) parecem assustá-lo.

"As pessoas se assustam por termos somente seis equipes na competição. Em 1996, quando o Brasil foi sede do Campeonato Mundial, tivemos apenas cinco equipes no Campeonato Paulista. Hoje, vejo essas meninas com níveis muito altos. O que prevalece é o nível técnico. Se tivéssemos mais equipes, não teríamos jogos tão equilibrados. Hoje, quando os times entram em quadra, não sabemos quem vai ganhar", afirmou em entrevista ao site da CBB nesta terça-feira.

Barbosa assume o cargo na vaga de Luiz Augusto Zanon, que pediu o afastamento na última sexta-feira, alegando problemas de saúde. Independentemente do motivo, a saída de Zanon foi uma vitória dos clubes brasileiros, que vivem uma queda de braço com a CBB. As seis equipes da LBF prometiam boicotar a seleção pela falta de atenção da entidade com a modalidade. O então técnico do País era um dos nomes mais criticados.

É neste cenário que Barbosa chega à seleção. E os desentendimentos na modalidade não desanimam o treinador. "É com muito orgulho e satisfação que assumi o cargo. Sou um profissional com uma busca incessante de conquistas, de ver melhor aquilo que estou fazendo. Isso é um fator motivador. Se eu não tivesse isso, não estaria aqui. Eu vou adequar ao meu sistema e em tudo aquilo que acredito. O fato de disputar uma Olimpíada em cada também me motiva bastante", disse.

Como não poderia deixar de ser, a Olimpíada é o grande objetivo de Barbosa neste retorno à seleção, mas ele próprio faz questão de exaltar a importância do primeiro contato com as jogadoras. Ele acontecerá em janeiro, quando o Brasil participará de um pequeno torneio que servirá como evento-teste para os Jogos do Rio.

"O evento-teste, de 15 a 17 de janeiro, é a primeira oportunidade para poder avaliar o grupo. Algumas jogadoras já são mais consolidadas dentro de uma seleção. Temos que entrosar, não vou tirar e nem colocar ninguém, vou manter a mesma convocação porque foi muito bem feita pelo técnico Zanon (Luiz Augusto). Já para as Olimpíadas, vamos avaliar o desempenho de cada uma e ver o que será feito", projetou.

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