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Após pagar fiança e deixar o Brasil, dirigente irlandês diz que provará inocência

Redação Folha Vitória

Dublin - Ex-membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e presidente licenciado do Comitê Olímpico da Irlanda, Pat Hickey falou pela primeira vez nesta segunda-feira após a sua chegada a Dublin. O dirigente ficou detido por quatro meses no Rio (em um hotel no Leblon) acusado de cambismo. "Farei o possível para limpar meu nome", disse em comunicado. Hickey, de 71 anos, conseguiu voltar para seu país de origem depois de pagar fiança de R$ 1,5 milhão e sob justificativa de receber tratamento médico.

De acordo com o jornal irlandês Irish Times, a Associação dos Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC, na sigla em inglês) foi quem emprestou o dinheiro ao dirigente. "Os últimos meses foram extremamente traumáticos. Sou totalmente inocente de todas as acusações que têm contra mim", afirmou.

Por conta das acusações, Pat Hickey foi afastado de todos os cargos olímpicos. Além do cargo no COI e na Irlanda, ele também foi presidente do Comitê Olímpico Europeu e vice-presidente da ANOC.

Inicialmente, Pat Hickey chegou a ficar detido no Complexo de Gericinó, mas foi solto dias depois, beneficiado por um habeas corpus. Desde então, passou a morar no Leblon à espera da devolução de seu passaporte para que pudesse voltar para casa.

O dirigente foi indiciado por crime contra o torcedor, formação de quadrilha e marketing de emboscada. Segundo investigações da Polícia Civil, ele teria sido responsável pelo envio de ingressos do Comitê Olímpico da Irlanda para a empresa THG, que não era credenciada, e vendia os bilhetes a preços abusivos.

Durante a ação que resultou na sua prisão, os policiais civis apreenderam cerca de 1.000 ingressos que eram comercializados por valores bem acima dos fixados pela organização da Olimpíada do Rio-2016.

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