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Mano vê taça 'fazer justiça' ao Cruzeiro e admite alívio por fim de jejum pessoal

O treinador exaltou o poder de superação do time cruzeirense, que precisou superar as saídas do atacante Raniel e do meia Robinho, lesionados já no primeiro tempo e que deram lugares respectivamente a Arrascaeta e Rafinha.

Belo Horizonte - Após vários anos de decepções em sua carreira como técnico, Mano Menezes estava eufórico no Mineirão com a conquista da Copa do Brasil, obtida pelo Cruzeiro na noite da última quarta-feira de forma sofrida, nas cobranças por pênaltis, depois de empate por 0 a 0 no tempo normal no confronto de volta da decisão contra o Flamengo - o duelo de ida, no Maracanã, terminou em 1 a 1.

Ao comentar o triunfo, o treinador ressaltou que o título "faz justiça" ao trabalho que todos no clube realizaram ao longo desta temporada, na qual o time já havia caído diante do Atlético-MG na final do Campeonato Mineiro e também sido eliminado da Copa Sul-Americana. O comandante enfatizou, inclusive, que essas derrotas foram importantes para o amadurecimento da equipe rumo ao pentacampeonato da Copa do Brasil, na qual os cruzeirenses voltaram a se igualar ao Grêmio como maiores vencedores da história da competição.

"O Cruzeiro veio crescendo, veio aprendendo a jogar durante a temporada. Tivemos as nossas oscilações quando fomos eliminados na Sul-Americana e quando perdemos o título mineiro. Embora nunca se goste de perder, foram passagens necessárias para chegarmos a esse ponto aqui", ressaltou Mano, em entrevista coletiva ainda no gramado do Mineirão.

Em seguida, o treinador exaltou o poder de superação do time cruzeirense, que precisou superar as saídas do atacante Raniel e do meia Robinho, lesionados já no primeiro tempo e que deram lugares respectivamente a Arrascaeta e Rafinha.

"Hoje o Cruzeiro é uma equipe que tem identidade, tem jeito de jogar, sabe enfrentar os problemas e as dificuldades de um jogo, da forma como fez hoje (quarta-feira). Enfrentamos a dificuldade extrema de perder um jogador tão cedo como o Raniel e depois uma segunda lesão com o Robinho, aos 40 minutos do primeiro tempo num jogo que é parelho, contra um adversário que exige muito", completou Mano.

O espírito de luta exibido pela equipe celeste também foi enaltecido pelo técnico, que viu o sofrimento para a conquista da Copa do Brasil valorizar ainda mais o título. "Vi o time voltar melhor no segundo tempo, lutar pelo gol até o último minuto e ser premiado no final com a vitória nas cobranças de penalidades máximas. Isso deu a emoção que a gente merecia, mas acima de tudo (o título) faz justiça com o que o Cruzeiro está fazendo e com o que a gente está fazendo juntamente com todos", ressaltou.

ALÍVIO PELA TAÇA 

O troféu da Copa do Brasil fez Mano também admitir alívio com o fim de um jejum pessoal de taças que durava desde 2009, quando foi campeão da mesma competição nacional à frente do Corinthians e também faturou o Paulistão daquele ano.

"Temos de dar os parabéns a estes jogadores, que hoje se superaram ao extremo. Foi um jogo muito acidentado, muitas lesões no primeiro tempo. Talvez merecíamos ter feito no mínimo um gol (no tempo normal), mas não deu. Quase sofremos um gol no finalzinho, quando teve a grande defesa do Fábio, mas a vida é isso: precisamos de vez em quando coroar o trabalho com um título, senão as pessoas pensam que a gente está ficando velho demais (para o cargo de técnico)", disse Mano, com um largo sorriso no rosto.

Por fim, em seguida, o comandante enfatizou: "Foi um jogo parelho, a gente sabia que seria assim a decisão, mas eu fico muito feliz com a maturidade que essa equipe atingiu nesta Copa do Brasil. Hoje somos uma outra equipe, e só por isso estamos conquistando esse título".

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