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Armadilhas e smartphones serão usados no combate ao Aedes aegypti no ES

O Espírito Santo será o primeiro Estado do Brasil a utilizar a tecnologia no combate ao mosquito causador da dengue, zyka e chikungunya. Serão mais de sete mil armadilhas instaladas

A ferramenta tecnológica permitirá que as prefeituras gerem mapas e tracem ações de combate ao mosquito Foto: Divulgação

O Estado será o primeiro do Brasil a usar armadilhas tecnológicas para implantar um monitoramento inteligente e preventivo do Aedes aegypt. Ao todo, 7.323 armadilhas para mosquitos adultos serão instaladas nos 78 municípios capixabas. 

De acordo com a empresa que desenvolveu o equipamento, o sistema utiliza um smartphone e será capaz de reduzir a incidência de dengue em até 60%.

A ferramenta tecnológica permitirá que as prefeituras gerem mapas e identifiquem em menos tempo a quantidade do mosquito Aedes e vírus circulante nos municípios capixabas.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de 1º ao dia 14 de janeiro deste ano, foram notificados no Espírito Santo 566 casos de dengue, 17 de zika e 28 de chikungunya. Para o combate tecnológico do mosquito causador dessas doenças, o poder público deve investir R$ 3,2 milhões.

Sistema

Serão instaladas 7.323 armadilhas para mosquitos adultos e um sistema de gestão inteligente via web. Com isso, as cidades vão gerar mapas e identificar, em menos tempo, a quantidade de Aedes aegypti presente no ambiente bem como o vírus circulante no local. As armadilhas serão instaladas em locais de fácil acesso e maior concentração de pessoas, como igrejas, unidades de saúde, hospitais, rodoviárias, centros comunitários, escolas e imóveis de pessoas com histórico de bom acesso às vistorias dos agentes comunitários de endemias.

Durante as vistorias, o agente vai verificar as armadilhas para identificar o Aedes aegypti. Se houver a presença do mosquito no local, o agente registrará a informação no mapa de infestação, em tempo real, por meio de um smartphone. Atualmente, este mapa leva cerca de dois a quatro meses para ser concluído.

O mosquito também será recolhido e enviado para análise, que permitirá saber qual o vírus presente nele. O mapa de circulação do vírus em mosquito ficará pronto em sete dias. Hoje, o mapeamento da circulação viral, feito somente em humanos, leva de um a dois meses.

Com essas informações, os municípios poderão direcionar as ações de combate ao mosquito com mais agilidade de acordo com as necessidades demandadas pelo monitoramento, entre elas a eliminação de depósitos que possam acumular água, aplicação de inseticida utilizando fumacê ou equipamentos portáteis para bloqueio de casos, por exemplo.

A implantação contempla um cronograma de um mês, entre treinamento de técnicos e fornecimento de armadilhas e materiais. Cada município será responsável pela implantação das armadilhas, conforme instruções do treinamento, e acompanhamento das regionais com orientação da empresa desenvolvedora do monitoramento inteligente. Nesta quinta-feira (26), os treinamentos serão iniciados em 63 municípios, na segunda semana, em seis municípios, na terceira semana, em sete municípios, e na quarta semana, em dois municípios.

Confira o vídeo:

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