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Satisfeito com ação da polícia, Jads deve voltar ao ES para show neste fim de semana

Segundo a Polícia Civil do Estado (PCES), o cantor foi vítima de um golpe, no qual teria sido drogado e roubado por suspeitos em outubro do ano passado

Foto: Divulgação

O cantor Jads, da dupla sertaneja Jads e Jadson, deve voltar ao Espírito Santo neste final de semana para realização de um show no município de Piúma, no Sul do Estado. Segundo a Polícia Civil do Estado (PCES), o cantor foi vítima de um golpe, no qual teria sido drogado e roubado por suspeitos no dia 28 de outubro do ano passado.

Segundo o empresário de Jads, o cantor está incomunicável e, embora esteja satisfeito com o trabalho da polícia que recuperou as jóias roubados do sertanejo, o artista só vai se manifestar publicamente quando o inquérito for concluído.

Na tarde desta quinta-feira (10), a Polícia Civil pediu o mandado de prisão de Ramon Collins de Oliveira, de 33 anos, por estelionato e associação criminosa. Ele esta foragido e é suspeito de fazer parte de uma quadrilha que alugava automóveis de locadoras e repassava os veículos para terceiros com documentação falsa.

Foi no apartamento de Ramon que o cantor Jads teria despertado sem os pertences que usava: um cordão de ouro, uma pulseira, um relógio importado e a carteira, depois de curtir uma noite na companhia do homem e de outro rapaz na Praia do Canto, em Vitória.

O caso aconteceu após vinda de Jads veio ao Espírito Santo para uma apresentação no dia 27 de outubro. Na versão apresentada pelo cantor, no dia seguinte ao show, ele foi ao Triângulo das Bermudas à passeio, quando acabou conhecendo os criminosos.

Jads e os rapazes teriam ingerido bebida alcoólica. O artista perdeu a consciência. A polícia acredita que ele tenha sido drogado. Uma semana após a situação, o cantor teria começado a receber mensagens de um homem, que se apresentou como Sargento Coutinho. Ele pedia R$ 50 mil para devolver as jóias, avaliadas em mais de R$ 300 mil.

Nos últimos 15 dias, os contatos aumentaram. Jads chegou a pensar em pagar pelo resgate, mas após uma orientação da família, registrou uma ocorrência na delegacia e marcou com os homens um encontro, que na verdade era um cerco montado pela polícia.

Nesta última terça-feira, quatro pessoas foram presas por envolvimento no crime; três delas no saguão do aeroporto de Vitória. Pablo Coutinho Rangel, de 39 anos, era quem se passava pelo policial militar para extorquir o cantor. Ele afirma ser técnico em radiologia, mas não tem registro.

A pulseira de Jads foi encontrada com Mário Luiz Rodrigues, de 50 anos. Ele se apresenta como agiota. Além deles, Tiago Domingos Magnago, de 23 anos, também foi detido. Ele estava com o cordão do sertanejo. O rapaz é filho de Joel Magnago, de 61 anos, um conhecido joalheiro, do Centro da capital. Segundo as investigações, o cordão roubado do cantor foi penhorado na loja dele.

Advogado de defesa

Nesta quinta-feira, o advogado Marcelo Nogueira, que defende os acusados, conversou com a reportagem da TV Vitória e declarou que os clientes alegam que Jads teria dado as joias a Ramon Colli. Ele não foi preso com os outros suspeitos, mas deve ser indiciado por roubo.

"Eles se encontraram na noite, saíram para se divertir e Ramon acabou batendo com o carro, foi quando Jads ofereceu as jóias para pagar o conserto do veículo dizendo que não dependia daquilo e que poderia ajudar", afirma o advogado. A polícia espera que Ramon se apresente na delegacia para esclarecer os fatos.

Ainda de acordo com a versão dos acusados, Pablo pegou os pertences do cantor e penhorou, mas logo depois Jads quis as jóias de volta e Pablo pedia o dinheiro para poder pagar os penhores. 

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