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Água de chuva e esgoto não combinam! Concessionária alerta para riscos à rede em Cachoeiro

Em épocas de chuvas intensas, o número de ocorrências nas redes de esgoto no município chega a ser quase o dobro se comparado ao período de estiagem

Foto: Reprodução

As chuvas típicas do verão começaram trazendo de volta um problema que gera transtornos para a população e compromete a eficiência operacional do Sistema de Esgotamento Sanitário dos municípios, inclusive de Cachoeiro de Itapemirim: a interligação indevida e irregular da água de chuva na rede de esgoto.

A prática, muitas vezes causada por desconhecimento sobre o assunto ou ligações clandestinas, é proibida por lei, pois contribui com o entupimento e o extravasamento do esgoto em vias públicas e pelos ralos e vasos sanitários de domicílios, estabelecimentos comerciais e indústrias.

“Com o volume de chuvas, aumentam as possibilidades de ocorrências de vazamentos e de retorno de esgoto, que podem atingir ruas e imóveis”, alerta Jocimar de Assis Alves, gerente Operacional da BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto em Cachoeiro de Itapemirim.

Nesta semana, a BRK Ambiental iniciou uma campanha educativa com o objetivo de sensibilizar a população para o problema. Os mais de 62 mil clientes estão recebendo uma carta explicando as consequências da ligação da água da chuva na rede de esgoto.

Segundo Jocimar de Assis Alves, a empresa informa e orienta os moradores sobre a ligação correta da rede das águas de chuva e os cuidados com as redes de esgoto, que são projetadas para receber exclusivamente o efluente dos banheiros, das pias e da cozinha.

Vistorias

Há cinco anos, a concessionária desenvolve o Programa de Vistoria Residencial, com equipes, devidamente identificadas, percorrendo as casas, em diferentes regiões da cidade. O funcionário explica as consequências da ligação irregular da água de chuva à rede de esgoto e realiza as vistorias no interior dos imóveis. Desde que foi iniciado, foram identificadas 206 irregularidades por meio do programa.

A BRK Ambiental, durante as vistorias, busca checar ralos e calhas e confirmar se a água de chuva está sendo enviada de forma correta para a galeria de água pluvial ou irregularmente para a rede de esgoto. “Essa checagem é feita com o uso de corantes e por testes de fumaça. Caso a água de chuva esteja conectada à rede de esgoto, o morador recebe uma carta de orientação e tem até 90 dias para fazer as adequações”, explica o gerente operacional.

Ao verificar que está ocorrendo retorno pela rede coletora da rua, o morador deve entrar em contato com a BRK Ambiental, que irá orientá-lo sobre como proceder para solucionar o problema. Já no caso de o retorno acontecer pela instalação interna da residência, é necessário retirar o lançamento irregular do telhado e/ou de áreas externas da instalação sanitária do imóvel.

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