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Energia furtada no estado em 2019 daria para abastecer a cidade de São Mateus por um ano

Vereador de Linhares é réu em caso de furto de energia elétrica

Foto: Reprodução TV Vitória
As irregularidades foram em encontradas em mais de 125 mil imóveis do estado.

A quantidade de energia elétrica furtada no Espírito Santo em 2019 através de "gatos" daria para abastecer São Mateus, no Norte do estado, por um ano inteiro. O município tem mais de 120 mil habitantes. O levantamento foi divulgado pela EDP.

De acordo com a empresa, que é responsável pelo abastecimento de energia elétrica a 70 municípios do estado, as irregularidades foram encontradas em mais de 125 mil imóveis do Espírito Santo.

Em 57 mil, a rede das casas ou prédios era ligada diretamente à rede de distribuição, mas sem o medidor de energia. Em outros 69 mil casos, havia desvios ou manipulações no próprio medidor. Tudo isso para baratear os custos pelo consumo, mas de forma criminosa.

A EDP detecta essas irregularidades por meio da análise, em boa parte feita por computadores, métodos e ferramentas estatísticas dos diversos padrões de consumo dos clientes.

Furtar energia é crime e quem for flagrado pode pegar de um a quatro anos de reclusão, além de multa. E, conforme uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é feita a cobrança de toda energia não faturada durante o período da irregularidade e o custo administrativo.

Além disso, a EDP alerta que a ação ilegal pode provocar sobrecarga na rede elétrica, o que pode causar a interrupção ou oscilação do fornecimento. As ligações irregulares trazem, ainda, o risco de acidentes mais sérios, podendo haver descargas elétricas e levar a pessoa à morte.

"Gato" na casa de vereador

Foto: Divugação
As irregularidades foram encontradas na casa do vereador, ao lado do comércio dele.

Muitos desses casos, segundo a EDP, aconteceram em Linhares. Um deles chamou a atenção porque o desvio de energia elétrica foi encontrado na casa do vereador Rogerinho do Gás, em março de 2019. Segundo as investigações da Polícia Civil, a suspeita é a de que o "gato" de energia estava sendo usado há, pelo menos, 10 anos.

No dia da operação da polícia, a esposa do vereador chegou a ser presa. Em depoimento, ela disse que não tinha conhecimento do crime. Depois, pagou uma fiança de R$ 5 mil e foi liberada. O próprio vereador alegou que não furtou a energia.

Mas em setembro, a justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e os dois, vereador e esposa, viraram réus no processo que investiga o furto de energia elétrica.


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