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Iema registra salto de 294% na poluição por pó preto na Ilha do Boi

Os dados comparam período de dezembro de 2017 com o mesmo mês de 2018 e causam revolta nos moradores

Foto: Reprodução TV Vitória

Moradores da Ilha do Boi relatam aumento em quase quatro vezes da quantidade de pó preto emitido pelas empresas da Ponta de Tubarão. O poluente é um resíduo da manipulação industrial do minério de ferro, principalmente atribuído às empresas Vale e Arcelor Mittal.

Atualmente a quantidade de poeira sedimentada permitida na estação de monitoramento da Ilha do Boi é de 6,28 gramas por metro quadrado por a cada 30 dias. Sendo que no mês de dezembro de 2018 foi registrado 7,6 gramas, conforme padrão do município de Vitória. Segundo Eraylton Moreschi, presidente da ONG Juntos SOS Espírito Santo Ambiental e morador da Ilha do Boi, a situação se agrava cada vez mais.

"O mais frustrante é que no fim do ano passado, por conta dos TCA's (Termo de Compromisso Ambiental), as empresas da Ponta de Tubarão apresentaram dados que indicavam avanço nessa questão, mas no próprio site do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) foi divulgada planilha que indica crescimento de 294% na emissão do pó preto", disse Eraylton para a equipe de reportagem da TV Vitória.

Foto: Reprodução
Tabela disponibilizada pelo IEMA mostrando os pontos utilizados para analisar a quantidade de gramas por metro quadrado de pó preto encontrado nos bairros, comparando quantidades de dezembro de 2017 e o mesmo mês de 2018. Destaque para o aumento na Ilha do Boi.

"Há muitos anos moro na Ilha do Boi e a poluição do pó preto é o maior desconforto dos moradores da região. As ações tomadas pelas empresas Arcelor Mittal e Vale para reduzir os poluentes estão sendo ineficientes", concluiu Eraylton.

Por meio de nota, a Arcelor Mittal informou que a empresa se empenha em tomar medidas progressivas para a redução da emissão de poluentes.

Com informações da TV Vitória / Record TV!

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