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Crea identifica problemas na estrutura de prédio em Vila Velha, que ficará interditado por 72 horas

Conselho realizou uma vistoria no imóvel, na tarde desta sexta-feira. Prédio foi evacuado após ameaçar desabar, na noite de quinta-feira

Foto: Divulgação/Crea-ES

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Espírito Santo (Crea-ES) vistoriou, na tarde desta sexta-feira (12), um prédio residencial de um condomínio do bairro Jabaeté, em Vila Velha. O imóvel precisou ser evacuado na última quinta-feira (11), após ameaça de desabamento.

O presidente do CREA-ES, Jorge Silva, informou que problemas estruturais já foram encontrados no local. "Já foram identificados alguns problemas, constatamos um recalque, houve rachaduras. Vamos necessitar da continuação desse trabalho por, pelo menos, 72 horas, para que possamos garantir a volta ou não dos moradores", afirmou.

"As responsabilidades técnicas já foram levantadas. A empresa que fez o projeto estrutural é da Bahia. Houve várias empresas do Espírito Santo e também da Bahia que realizaram as obras. Vamos identificar todos esses problemas para tomar as medidas cabíveis", disse Silva.

A Caixa, responsável pelo Programa Minha Casa Minha vida, informou, por meio de nota, que prestará a assistência necessária aos moradores do bloco interditado até que a segurança das unidades seja comprovada. Esclareceu também que o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) se responsabilizará pelos reparos necessários, por meio da contratação emergencial de empresa para execução, que ocorrerá nos próximos dias.

Susto

O imóvel foi evacuado por volta das 19h30 de quinta-feira. Os condôminos foram avisados que o prédio corria risco de desabar. "Eu estava deitada, dormindo, quando ouvi aquele barulho, tipo uma bomba e pensei que não era nada. Logo bateram na minha porta dizendo que iria desabar. Só deu tempo de colocar meu vestido e pegar meus documentos. Para onde que eu vou agora?", questionou a moradora Uzir Barreto.

Por causa do transtorno, um casal de idosos precisou sair correndo do apartamento, onde mora há cinco anos. "É uma tristeza. A essa hora já estaria dormindo na minha cama. Agora peguei um lençol para dormir por aí, na calçada", lamentou a aposentada Irenilda Rodrigues de Souza.

Na rua e sem ter para onde ir, só resta a indignação dos moradores. "Não é justo pagar uma prestação e viver assim. Prefiro pagar o meu aluguel", disse Uzir Barreto, que passou a noite sentada em uma calçada, acompanhada do companheiro e de um cachorro da família.

No condomínio, muitos moradores têm reclamações da estrutura dos apartamentos. Eles alegam que há questões, como infiltração, que não são resolvidas.

A Defesa Civil informou que foi acionada e esteve no local ainda na noite de quinta-feira (11). Foram constatadas trincas e rachaduras, que segundo moradores surgiram após um barulho. Preventivamente, a Defesa orientou que os moradores deixassem o local.

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