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Justiça rejeita pedido e professor da Ufes não será condenado por racismo

O pedido de condenação foi feito pelo Ministério Público Federal, que afirma que vai recorrer a decisão do juiz. O professor foi acusado de dizer frases racistas em aula

O professor voltou a dar aula na última terça-feira (17) Foto: Reprodução

A Justiça Federal do Estado rejeitou o pedido de condenação por racismo, feito pelo Ministério Público Federal (MPF), para o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Manoel Luiz Malaguti. A denúncia foi feita na última quarta-feira (18). Com o pedido negado, o MPF afirmou que vai recorrer a decisão.

Além da condenação por racismo e o pedido para que ele seja processado, o MPF também pediu que o professor fosse exonerado do cargo público que ocupa e que pague um valor pelos danos causados. Ele voltou a dar aula na última terça-feira (17) e enfrentou um protesto de alunos dentro da sala de aula.

Manoel Luiz Malaguti é professor do Departamento de Economia da Ufes e em novembro do ano passado foi acusado de ter uma conduta preconceituosa e discriminatória enquanto ministrava aula para alunos do curso de Ciências Sociais.

Em entrevista ao Folha Vitória, Malaguti garantiu que não se arrepende das declarações. Além disso, ele reafirmou ser contra as cotas de vagas para alunos negros nas universidades. 

"Trabalho na Ufes há 20 anos e percebo a diferença do nível dos alunos antes e depois do sistema de cotas. Não só eu, mas outros professores também. A partir da fase de cotas, o ensino universitário passou a ser equivalente ao de segundo grau. A maioria dos cotistas sai das escolas praticamente analfabetos", destacou.

Nem todos os estudantes participaram do ato contra o professor Foto: Divulgação

Protesto

Estudantes de diversos cursos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizaram um protesto na última terça-feira (17), quando o professor de economia da instituição Manoel Luiz Malaguti, acusado de racismo, voltou a dar aulas.

Cerca de 20 estudantes de diversos cursos da universidade entraram em uma aula do professor com uma faixa no rosto escrita “Racismo Institucional”. O protesto durou alguns minutos.

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