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Má manutenção de hidrantes em SP motiva ação

Redação Folha Vitória

São Paulo - O Ministério Público Estadual entrou na Justiça contra a Prefeitura, o governo e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pela má manutenção dos hidrantes instalados na capital. Estudo realizado por amostragem pelo Corpo de Bombeiros indica que hoje apenas 10% dos equipamentos funcionam de maneira adequada e 2 em cada 3 estão inoperantes ou sumiram.

A ação civil pede, em caráter liminar, que as três instâncias responsáveis providenciem o conserto em até 90 dias. A multa diária, em caso de descumprimento, é de R$ 5 mil. Proposta pelo promotor de Justiça Marcus Vinicius Monteiro dos Santos, a ação tem três objetivos principais: forçar a manutenção dos equipamentos já identificados com avarias, exigir a realização de um estudo completo dos 6.375 hidrantes da cidade e posteriormente também o conserto da nova leva de aparelhos com problemas e, por fim, obrigar a Sabesp a restabelecer a pressão nos hidrantes que precisarem ser usados para combate de incêndios.

Os pedidos visam a evitar tragédias, como a que aconteceu em setembro na Favela do Piolho, zona sul da cidade. Cerca de 500 barracos foram destruídos pelas chamas. Na ocasião, o hidrante mais próximo do foco do incêndio não pôde ser utilizado pelos bombeiros porque seu acesso estava obstruído. Após a divulgação do problema pelos moradores, Prefeitura e Estado iniciaram um jogo de empurra para definir o culpado. "Esse jogo se mantém até hoje. É por isso que precisei judicializar a questão. Fiz diversas reuniões com a Prefeitura, o governo do Estado e a Sabesp, mas ninguém quis se responsabilizar", disse Santos.

Sem comentários

Ele espera que a tutela antecipada seja concedida pela Justiça nos próximos dias. Prefeitura, governo e Sabesp afirmam que não foram notificados e não comentaram.

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