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Agências dos Correios funcionam no ES em 1º dia de greve nacional

No Espírito Santo, apenas 8,49% dos funcionários aderiram a paralisação, de acordo com levantamento realizado na manhã desta segunda-feira

Os trabalhadores da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos (ECT) do Espírito Santo entraram entram em greve, por tempo indeterminado, desde a manhã desta segunda-feira (12). De acordo com a assessoria da empresa, até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis.

A assessoria também informou que a empresa possui um Plano de Continuidade de Negócios para ser colocado em prática em casos como este. O Plano prevê ações como realização de horas extras e remanejamento de empregados entre as unidades, fazendo com que os serviços postais sejam mantidos.

Segundo os Correios, um levantamento parcial realizado na manhã desta segunda-feira mostrou que, no Espírito Santo, um total de 1795 empregados continuam trabalhando normalmente, o que corresponde a 91,51% do quadro efetivo. Em todo país, este número é de 87,15%, totalizado 92,212 funcionários no exercício da função. Os números foram apurados pelo sistema eletrônico de presença.

O principal motivo da paralisação é evitar mudanças no plano de saúde dos funcionários, que envolvem a cobrança de mensalidades do titular e de dependentes. A categoria resolveu cruzar os braços na mesma data em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deve começar o julgamento referente ao benefício, depois de trabalhadores e empresa terem, sem sucesso, tentado chegar a um acordo sobre a questão.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), a direção da empresa quer que os funcionários arquem com mensalidades do plano, assim como a retirada de dependentes. Além disso, afirma, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900,00.

Em nota, os Correios reconhecem a greve como direto dos trabalhadores, informando que “um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios, o que afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados”. A empresa ainda afirmou que "hoje os custos do plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento dos Correios, ou seja, uma despesa da ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano".

A greve também servirá para protestar contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), a terceirização na área de tratamento, a privatização da empresa, suspensão das férias dos trabalhadores, extinção do diferencial de mercado e a redução do salário da área administrativa. A categoria defende ainda a contratação de novos funcionários via concurso público e o fim dos planos de demissão.

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