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Dia Internacional da Mulher: histórias de mulheres que se destacam em profissões consideradas masculinas

Entre elas, uma motorista de caminhão, mecânica e técnica de time de basquete

Marcela Cota

Redação Folha Vitória

O Dia Internacional da Mulher é comemorado nesta quinta-feira (8) e cada vez mais, elas se destacam em profissões que, até pouco tempo, eram consideradas e dominadas apenas por homens.

Além disso, muitas mulheres são ‘’chefes de famílias’’, conciliando o tempo entre o trabalho, os deveres com a casa e a família. De acordos com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% das casas brasileiras são chefiadas por mulheres.

No Dia Internacional da Mulher, o jornal online Folha Vitória traz algumas histórias de mulheres que passaram pelos obstáculos do preconceito e se destacam no mercado de trabalho.

Motorista de caminhão

Marlúcia Fiaz, 52 anos, trabalha como motorista de caminhão há cinco anos e conta que sempre trabalhou em profissões consideradas masculinas. ‘’Fiquei desempregada e decidi investir em um caminhão, mas até então não era para eu trabalhar dirigindo’’, ressalta. A motorista explica que no início ficou com medo, mas os filhos e o esposos sempre a incentivaram.

A motorista comenta que nunca sofreu preconceito e que além de ser um trabalho difícil, é o que ela gosta de fazer. "Esse emprego significa muito para mim, é uma conquista. Eu sei que há todo um julgamento pela sociedade, mas grande parte me apoia também", completa. Marlúcia é a única mulher em uma cooperativa com 188 empregados.

Mecânica

Foto: Arquivo Pessoal

A técnica em mecânica, Letícia Bride, 20, é um exemplo. Ela começou o curso durante o ensino médio e com apenas 19 anos, já trabalhava em uma equipe rodeada de outros profissionais homens. Ela explica que se interessou pela profissão pela vocação na área de exatas e durante pesquisa sobre vários cursos, se encantou pela mecânica.

Para Letícia, é uma realização atuar na área de mecânica. ‘’Quando comecei meu estágio, eu era a única mulher da minha equipe e hoje é uma grande conquista para nós mulheres participarmos de atividades que antes eram vistas como serviço para homens. Só assim o preconceito vai acabar’’, ressalta.

‘’E nesse dia das mulheres eu digo: vale a pena ocupar esse espaço que também é nosso’’

A técnica em mecânica ainda comenta que no começo foi difícil e sofreu preconceito de profissionais de outras equipes, porém ela explicou que com o tempo foi mostrando capacidade e ganhando confiança. "Eu aproveito da minha inteligência para compensar a força que eu não tenho. Além disso, uma habilidade essencial é o meu espírito de liderança no local de trabalho".


Técnica de basquete

Foto: Pedro Amâncio

Fernanda Dutra Lima, 24, é pioneira no Espírito Santo. Ela é a primeira mulher a comandar um time masculino de basquete na Copa ES. A atleta começou a praticar o esporte aos 11 anos e atualmente comanda a equipe do Instituto Ares de Domingos Martins. ‘’Encaro a oportunidade como um novo de desafio e acredito que é uma tentativa de quebra de preconceito que enfrento no cotidiano’’, ressalta.

Foto: Pedro Amâncio

Fernanda descreve a oportunidade como única e muito especial. ‘’Nesse dia das mulheres, sinto que estou quebrando barreiras para encorajar outras mulheres. É um dia de muito significado para mim, pois estou lutando por um espaço que antes eu não poderia ocupar’’ completa.



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