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Falta de transporte prejudicou trabalho em hospitais públicos e privados nesta segunda

Secretário de Saúde Nésio Fernandes disse que alguns municípios tiveram prejuízo na atenção básica; governo também analisa se frota do Transcol é suficiente para atender deslocamento de profissionais de saúde

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Iures Wagmaker / Folha Vitória

A circulação de transporte público, em todo o Espírito Santo, só está permitida para levar profissionais da Saúde. A medida faz parte do decreto estadual que estabelece restrições para evitar a propagação da covid-19 até o dia 4 de abril. No primeiro dia útil sem os ônibus, serviços de saúde foram afetados.

O secretário de Estado da Saúde (Sesa), Nésio Fernandes, afirmou em entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (29), que foi orientado aos municípios que tratassem de preservar o atendimento da atenção básica e todos os serviços da saúde primária, no entanto, eles tiveram que se ajustar em virtude da redução do transporte coletivo. 

"A ausência em bairros, que não são de responsabilidade do Transcol, fez com que no dia de hoje (segunda, 29), alguns municípios tivessem prejuízo na capacidade de levar os trabalhadores para atuarem na atenção básica", disse o secretário. 

Diante disso, Nésio destacou que alguns municípios da Grande Vitória estão trabalhando com a capacidade mínima de funcionários. Ainda de acordo com ele, a falta de transporte prejudicou a chegada de diversos trabalhadores dos serviços públicos e privados da rede de saúde.

Por fim, Nésio cobrou dos gestores municipais uma reorganização das linhas para que o problema não se repita durante a semana. 

Dificuldades também nos ônibus do Transcol nesta segunda-feira (29)

Com a redução das linhas no Transcol, muitos profissionais encontraram dificuldades para chegar ao trabalho. O secretário estadual de Mobilidade Urbana, Fábio Damasceno, explicou que os ônibus só estão passando nas vias principais dos bairros e que, em toda a Região Metropolitana, circulam apenas 25 linhas. 

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"Não dá para atender os bairros porque teríamos que estar com toda a frota do Transcol na rua. O objetivo é levar o transporte apenas para os profissionais de saúde", reforçou ele.

Ainda de acordo com Damasceno, o governo do Estado vai analisar se a frota é  suficiente para atender os profissionais, e não descarta mudanças. 

Transporte privado

Hospitais privados da Grande Vitória disponibilizaram vans e ônibus para os profissionais que encontraram dificuldade para chegar ao trabalho. 

A equipe da TV Vitória / Record TV encontrou também funcionários, que não eram da área de saúde, nos pontos de ônibus, na esperança de conseguir embarcar, mas tiveram que esperar o transporte privado também disponibilizado pelas empresas. 

*Com informações da TV Vitória / Record TV 

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