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Grande Vitória já registrou quase 60 casos da variante inglesa da covid-19

Variante inglesa começou a circular no Estado em dezembro de 2020

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Pelo menos 59 moradores da Grande Vitória já foram infectados pela variante B.1.1.7 do novo coronavírus, identificada pela primeira vez no Reino Unido. O cálculo foi feito com base nas informações das secretarias municipais de Saúde de Vitória, Cariacica, Viana Serra e Vila Velha. A variante inglesa começou a circular no Estado em dezembro de 2020.

O maior número de casos foi registrado em Vila Velha. Na cidade canela-verde, foram identificados 23 pacientes com a nova variante. Segundo a prefeitura local, todos estão sendo acompanhados pela equipe de monitoramento da Vigilância Epidemiológica. 

Na sequência da lista com mais casos registrados está o município de Viana, onde foram 19 confirmações desde janeiro. A prefeitura da cidade afirmou que "muitos já passaram pelo período de isolamento" e ressaltou que como a variante tem alta carga viral e se dispersa de forma mais rápida, "a orientação principal é de que a população mais jovem, que tem sido acometida com mais frequência, mantenha de forma séria as determinações e cuidados como manter o isolamento". 

Na tarde de quarta-feira (24), a prefeitura publicou um comunicado sobre pacientes que foram identificados com a variante inglesa do novo coronavírus.

Na capital, a variante inglesa contaminou oito pessoas, sendo sete no mês de fevereiro. No momento, um paciente apresenta sintomas e está em isolamento, segundo a Secretaria de Saúde de Vitória, que acrescenta que está monitorando os contatos do morador com as demais pessoas que vivem com ele.

A Semus também disse que recebeu do Estado, na terça-feira (23), a lista com os casos da nova variante e que "imediatamente o serviço de Vigilância Epidemiológica iniciou a investigação e monitoramento dos pacientes".

Na Serra, a Secretaria de Saúde (Sesa) informa que também recebeu do Governo do Estado uma listagem contendo o nome de oito pacientes. A equipe da Vigilância Epidemiológica já está investigando os casos, para monitoramento daqueles que ainda estão no período de transmissibilidade da doença.

A prefeitura do município informou também que foi solicitado à Secretaria Estadual de Saúde os laudos dos exames destes pacientes para acompanhamento.

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Em Cariacica, a prefeitura identificou um caso, uma mulher de 39 anos. "Imediatamente, a Vigilância Epidemiológica realizou a investigação e concluiu que não havia contatos próximos a serem investigados. A paciente afirma que 14 dias antes do início dos sintomas esteve com parentes de Minas Gerais", informou a secretaria, ressaltando que a moradora manteve o isolamento no período em que ficou doente.

 Os casos na Grande Vitória foram divulgados dois dias depois da secretaria de Estado da Saúde realizar uma coletiva de imprensa para falar da circulação da variante inglesa no Espírito Santo.

O secretário de Saúde, Nésio Fernandes, e o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues, apresentaram o estudo que confirmou que a variante do Reino Unido, chamada pelos infectologistas de B.1.1.7, foi identificada no Espírito Santo em dezembro de 2020.

"Existe uma amostra oriunda do Espírito Santo que trata de uma amostra de B.1.1.7 positiva. Essa amostra foi colhida em Barra de São Francisco. Ela foi sequenciada pelo grupo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi confirmada como uma variante do Reino Unido", afirmou Rodrigues no dia da coletiva.

Novas cepas no ES

Um total de 1.345 pessoas do Espírito Santo foram infectadas pela nova variante do coronavírus, associada à cepa do Reino Unido, apontou o estudo apresentado pelo Lacen. Durante a pesquisa, quase 20 mil amostras foram recolhidas entre 1º de dezembro de 2020 e 18 de março deste ano.

O que chama a atenção nesta nova versão do vírus é o aumento dos casos positivos a cada mês. Em dezembro, dentro desse conjunto, eram 16 casos. Em janeiro, já havia 48 positivados. Em fevereiro, o número foi para 337 e chegou a 943 até meados de março. Ou seja, o aumento mais que dobrou de um mês a outro, apontando como a variante se propaga de forma rápida.


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