Geral

VÍDEO | Com danos na estrutura, caixa d'água de 35 metros é retirada de condomínio na Serra

No dia 16 de fevereiro, o reservatório apresentou deformações e risco de queda; assustados, parte dos moradores ainda não voltaram para o condomínio

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Leito/ Whatsapp

A caixa d'água do condomínio Top Life Edifício Cancún, no bairro São Diogo, na Serra, que apresentou deformações e risco de queda, foi trocada na tarde desta terça-feira (30).  

Segundo o síndico Luiz Almeida, a construtora responsável pelo empreendimento, MRV, instalou, no dia 23 de fevereiro, duas caixas com capacidade de 20 mil litros e uma com 10 mil litros, para suprir a demanda dos moradores.

A expectativa é que na próxima semana, um reservatório de 28 metros de altura, seja colocado no local de maneira permanente. 

A antiga caixa d'água tinha 35 metros de altura, e precisou ser divida em três partes para ser transportada em carretas. 

Foto: Luiz Claudio Almeida

Ainda segundo Luiz Cláudio Almeida, a administração do condomínio pediu a troca em vez da reforma da antiga caixa. Segundo ele, as famílias que moram no bloco 5 permanecem em hotéis custeados pela construtora. Já que a orientação da Defesa Civil da Serra foi pelo isolamento do local. 

Leia mais: Caixa d'água ameaça desabar e moradores de condomínio na Serra precisam sair de casa

Em nota, a empresa MRV disse que "está contribuindo com o condomínio na substituição do Castelo D'água, para que possa ser entregue um reservatório em perfeitas condições". 

A Defesa Civil da Serra informou que não acompanhou a instalação das caixas, já que "a construtora é que tem responsabilidade legal para esta situação".

A reportagem do Jornal Online Folha Vitória perguntou para a construtora sobre a capacidade das caixas, o número de famílias que seriam atendidas pelo reservatório e quantas pessoas ainda estão hospedadas em hotéis. Porém, a MRV não informou. A matéria será atualizada caso a empresa se manifeste. 

ENTENDA O CASO

No dia 16 de fevereiro, moradores relataram que a caixa tinha um amassado na lateral e que estavam com medo de que a estrutura desabasse. No mesmo dia, a Defesa Civil da Serra foi acionada e fez uma visita ao local. Ao final da vistoria, orientou que a área fosse isolada, e os moradores saíssem dos apartamentos. 

Já no dia 17, a Defesa Civil constatou, após perícia da estrutura da caixa d'água do condomínio, que não havia risco iminente de queda. Mas orientou a construtora MRV que contratasse um topógrafo para a elaboração de um relatório sobre as condições da caixa d'água. O local não ficou mais interditado e muitas pessoas retornaram para os apartamentos. 

A construtora foi procurada pela reportagem nesta terça-feira (30) também para falar sobre a produção do laudo, mas ainda não respondeu. 

Mas no dia 18 de fevereiro, o Conselho Regional de Engenharia (Crea-ES) esteve no local e informou que não descartava a possibilidade de desabamento da torre-d'água. No entanto, ponderou que era uma avaliação preliminar e que ainda faria um diagnóstico decisivo.

No dia 19 de fevereiro, em uma coletiva, o presidente do Conselho Regional de Engenharia do Estado (Crea-ES), Jorge Luiz e Silva, afirmou que a caixa d'água instalada no condomínio Top Life poderia cair caso ficasse cheia ou se houvesse um vento mais forte na região. Ele também afirmou que iria responsabilizar a empresa fabricante da caixa, a Dipawa Indústria e Comércio.

A afirmação do Crea-ES ocorreu após profissionais do órgão realizarem uma perícia no reservatório de água, que apontou "importante deformidade, cujo grau de risco deve ser estabelecido e indicado por empresa de engenharia especializada". Além disso, o Crea-ES disse que não caberia ao conselho isolar o local, e sim a Defesa Civil. 

Por precaução, o síndico disse que a área de lazer e o bloco-5 do condomínio permaneceram isolados durante todo o período.

 Assista a retirada da caixa:



Pontos moeda