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Termina protesto dos professores na Avenida Beira-Mar, em Vitória

Terminou por volta das 15 horas a manifestação de cerca de 300 professores estaduais em greve que decidiram, após assembleia que durou toda a manhã desta terça-feira (29), manter a greve por tempo indeterminado.

De acordo com a Polícia Militar, não foi registrado nenhum tumulto ou dano ao patrimônio público, porém o trânsito ficou complicado. A central de videomonitoramento de Vitória registrou lentidão em trechos da Avenida Vitória. O trânsito também ficou lento na Avenida Beira-Mar, na Capital.

Ainda segundo a central de videomonitoramento, às 15 horas, o trânsito estava fluindo normalmente nas principais vias de Vitória, sem interrupções.

Os professores estaduais reivindicam 14 pontos. Dentre eles está a reposição inflacionária na folha de pagamento, aumento do auxílio alimentação e maiores investimentos do governo no setor.

Nesta terça-feira (29), a greve dos professores estaduais completa 21 dias e cerca de 25% das escolas do Estado estão sem aulas, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Governo e categoria não chegam a um acordo. De um lado, os professores dizem que o governo não apresenta propostas de resolução das reivindicações, já o governo afirma que mantém diálogo constante com a categoria e que algumas pautas dos professores já estão caminhadas para resolução.

O último protesto

Na última quarta-feira (23), um protesto reuniu mais de 1 mil pessoas na Enseada do Suá, em Vitória. Professores saíram em passeata do ginásio Álvares Cabral para o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) em manifestação contra a liminar da Justiça que decretou a greve da categoria ilegal. O protesto não registrou incidentes, porém, professores mais exaltados chegaram a entrar no saguão do TJES e gritaram palavras de ordem.

Cronologia da greve

                                                                                                   Fotos: Reprodução / Ninja ES / Folha Vitória >> Em março, a categoria entregou uma pauta de reivindicações aos deputados estaduais. Os professores exigem o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública; e contra a proposta dos governadores de reajuste do piso somente pelo índice da inflação.

>> No dia 17 março, um protesto realizado pelos professoresterminou em conflito com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Serra. Os docentes foram às ruas pedir mais valorização da classe. A polícia exigia que os professores ocupassem apenas uma faixa da via. Com a recusa do grupo, a polícia usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

>> No dia 18 de março, mais de 5 mil professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) em uma nova manifestação. Os manifestantes atravessaram a Terceira Ponte e, em seguida, foram para o Hortomercado, em Vitória, onde se reuniram com profissionais de diversos municípios capixabas.

>> Em 8 de abril, após uma assembleia, os profissionais decidiram entrar em greve e pararam o trânsito. Eles se concentraram na Praça Getúlio Vargas, na Capital, e seguiram em caminhada até o Palácio Anchieta.

>> Na última terça-feira (22), a categoria se reuniu com o governo do Estado para discutir as pautas de reivindicações dos professores. A reunião não chegou a nenhum acordo. O Sindiupes diz que o governo não apresentou nenhuma proposta para o fim da paralisação.

>> Na quarta-feira (23), a categoria decidiu em assembleia que a greve continua por tempo indeterminado. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, cerca de 70% das escolas estaduais estão sem aulas com a paralisação dos professores.

>> No mesmo dia 23, cerca de 1 mil professores saíram em passeata em um protesto contra desembargadores que decretaram a greve ilegal. Professores fizeram apitaço e gritaram palavras de ordem. O trânsito ficou completamente parado na região.

>> Em 29 de abril, os professores realizaram uma nova assembleia onde foi decidido que a greve continua por tempo indeterminado e um novo protesto aconteceu. A manifestação reuniu cerca de 300 manifestantes, de acordo com a central de videomonitoramento de Vitória, e percorreu a avenida Vitória, Beira-Mar, até chegar ao Palácio Anchieta, em Vitória.