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Assembleia de professores termina em confusão com alunos

Redação Folha Vitória

São Paulo - A assembleia dos professores de rede estadual de São Paulo terminou em confusão com estudantes na tarde desta sexta-feira, 8. O evento organizado pela Apeoesp (principal sindicato da categoria) aprovou estado de greve para reivindicar reajuste salarial.

Os estudantes acompanharam a assembleia desde o início, gritando frases de apoio aos professores. Ao final da assembleia, no entanto, dois estudantes subiram no carro de som, autorizados pelo sindicato para se posicionar, e fizeram críticas à direção da Apeoesp. Uma das estudantes jogou o microfone de cima do carro de som em direção a um grupo de estudantes, que gritavam contra o sindicato, chamando-o de "pelego". O som do microfone foi cortado por representantes do sindicato e teve início a confusão.

Estudantes arremessaram garrafas plásticas de água em integrantes do sindicato e houve empurra-empurra. Uma das estudantes disse que levou um chute de um segurança. Ninguém ficou gravemente ferido.

"Nós viemos apoiar os professores em qualquer decisão que tomassem, se aderissem a greve ou não. O sindicato não nos deu voz em nenhum momento, quando conseguimos falar, eles nos boicotaram e ainda nos agrediram", disse a estudante Carolina Leite, de 17 anos.

Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, disse que houve desrespeito dos estudantes com a assembleia. "Eu não chamei estudante para a assembleia, porque ela é dos professores. A Apeoesp não foi para cima deles (os estudantes), quem pegou o microfone foram eles, que incitaram e chamaram os professores de tudo o quanto é nome. É preciso respeito", disse ela.

"É lamentável. Não vou, nunca fui e não irei em assembleia de aluno porque eu respeito a organização deles e acho que eles têm que respeitar a dos professores", completou Maria Izabel.

Greve

Segundo Maria Izabel, os professores aprovaram o estado de greve para que seja feita uma campanha com a categoria nos próximos dias para garantir maior adesão. No próximo dia 29, está marcada mais uma assembleia para que seja votado o início da greve. Segundo a Apeoesp, 5 mil pessoas participaram da assembleia desta sexta-feira.

A categoria está desde junho de 2014 sem reajuste. Eles pedem a reposição salarial do período de 16,6% e valorização salarial.

No ano passado, os professores fizeram a maior greve da história, com paralisação de 90 dias, e mesmo assim ficaram sem reajuste salarial.

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