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Cachorro espancado: polícia investiga se outros cães sofriam maus-tratos em Guarapari

Animal que aparece sendo agredido pela dona, em um vídeo que circulou nas redes sociais na semana passada, já morreu, segundo a tutora. Outros dois cachorros foram levados a uma clínica para serem avaliados

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução

Dois cães que pertencem a uma moradora de Guarapariflagrada em um vídeo espancando um cachorro, foram levados para uma clínica veterinária, na manhã desta terça-feira (12). O objetivo é investigar se os animais sofriam maus-tratos por parte da tutora, uma aposentada que não teve o nome divulgado.

Durante a manhã, equipes da Polícia Civil e do Centro de Zoonoses de Guarapari, além da presidente da CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais da Assembleia Legislativa, deputada estadual Janete de Sá (PSB), estiveram na residência da mulher, no bairro Aldeia, em Guarapari. Na casa, foram encontrados dois cães da raça Spitz Alemão

A dona dos animais contou que o vídeo que circulou nas redes sociais na semana passada, onde ela aparece dando tapas em um cachorro, já tem mais de quatro meses e que o animal que aparece sendo agredido já morreu

No entanto, ainda não é possível afirmar que a morte do animal tenha ocorrido em função de possíveis maus-tratos.

Foto: Divulgação | CPI Maus-tratos
Um dos animais encaminhados para a clínica apresenta um problema na pelagem, mas que não possui relação com maus-tratos

Um dos cachorros encontrados pelas equipes, na manhã desta terça, possui problemas na pelagem. A tutora, no entanto, disse que o diagnóstico para o problema é desconhecido e apresentou a carteira de vacinação do cão em dia.

Em um vídeo divulgado pela assessoria de comunicação da deputada Janete de Sá, o veterinário que atendeu os animais explica que a falta de pelos no cachorro não tem relação com os supostos maus-tratos, mas sim com uma doença genética comum para a raça.

De acordo com o Centro de Zoonoses de Guarapari, uma nova conduta deverá ser decidida daqui a uma semana, a partir do resultado dos exames clínicos nos animais.

“A aposentada desmentiu as acusações de espancamento, mas a CPI decidiu encaminhar compulsoriamente os animais a uma clínica veterinária para avaliação e tratamento enquanto se desdobram as investigações”, declarou Janete de Sá.

A parlamentar ressaltou ainda que o caso teve grande repercussão nas redes sociais e a CPI vai continuar apurando a veracidade dos fatos. 

"É muito importante que a população fique atenta e denuncie casos de maus-tratos para que os agressores não fiquem impunes", frisou.

Para fazer uma denúncia de maus-tratos contra animais à CPI, o primeiro passo é fazer um boletim de ocorrência na Polícia Civil. Em seguida, deve-se encaminhar o documento, além de fotos e vídeos, se houver, para o e-mail [email protected].

De acordo com a Lei 14.064/2020, o crime de maus-tratos contra cães e gatos prevê pena de prisão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal.

Entenda o caso

O vídeo que circulou nas redes sociais, na semana passada, e que chegou até a CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais da Ales, mostra a tutora do animal sentada, de costas, dando vários tapas e socos nele, que chora. "Para com isso, desgraça", ela diz durante a agressão.

Outra mulher, que também está com um cachorro, presencia o crime. No final é possível ouvir a agressora comentar: "Não estou aguentando mais não".

A CPI afirmou, na última sexta-feira (08), ter recebido denúncias envolvendo a mulher que aparece no vídeo. A denúncia diz que a agressora, repetidamente, estaria cometendo crimes contra cães que estão sob sua tutela.


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