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Articulação de frotistas causa baixa adesão em protesto contra Uber

Redação Folha Vitória

São Paulo - Apesar da sequência de manifestações, houve um racha na quarta-feira, 11, na mobilização dos motoristas e clara queda na adesão. Isso ocorreu porque os motoristas de frotas foram proibidos pelas empresas de aderir às ações do Sindicato dos Motoristas de Empresas de Táxi (Simtetaxi).

A Associação das Empresas de Frotas de Táxi (Adetax) não se pronunciou oficialmente. Mas a reportagem apurou que as empresas avaliaram como negativa a radicalização dos protestos, conduzidos pelo presidente do sindicato, Antonio Matias, o Ceará. Os donos de frotas ainda consideram ser possível negociar com a Secretaria Municipal dos Transportes, que acertará os detalhes da política de compartilhamento de carros.

No protesto de quarta-feira, os taxistas autônomos se queixaram abertamente da divisão. "A pedido de alguns líderes, acabamos dispersando para não atrapalhar o trânsito", disse Euzito do Amaral, para justificar o fato de as vias ficarem pouco tempo bloqueadas. "Achei que teria mais gente. Mas vamos continuar fazendo pressão", afirmou Lélia Lopes, de 46 anos, recém-sorteada para participar do projeto do Táxi Preto.

Influência. A Prefeitura não comentou a posição dos empresários. A decisão de evitar o confronto levaria em consideração a possibilidade de influenciar a Prefeitura e ainda restringir o acesso dos carros de aplicativos às ruas da capital.

Antes do decreto, o debate estava sob responsabilidade da SPNegócios, empresa da Prefeitura que construiu o texto em parceria com empresas de aplicativos - como Uber, 99 e a EasyTaxi. Agora, caberá à Secretaria de Transportes, sob o comando de Jilmar Tatto, definir a remuneração e o limite de quilômetros a serem rodados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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