Morte irmãos carbonizados

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Corpos de irmãos mortos já estão em Linhares

No início da manhã desta quinta-feira, por volta das 07h30, a movimentação era pequena em frente a funerária.

Os corpos dos irmãos Joaquim e Kauã, de três e seis anos, respectivamente, já estão no município de Linhares. A previsão inicial é de que os corpos sejam sepultados, sem velório, por volta de 09h30 da manhã desta quinta-feira (10), no cemitério São José, no bairro Interlagos. O enterro será restrito a amigos e familiares, segundo a advogada da família, Taycê Aksacki Wagmacker.

Por volta de 08h15, os corpos dos irmãos foram encaminhados para os carros da funerária. Às 08h20, os veículos saíram com destino ao cemitério onde será realizado o sepultamento. No início da manhã desta quinta-feira, por volta das 07h30 da manhã, a movimentação era pequena em frente a funerária onde os corpos passaram a madrugada. Um grupo de amigos do pastor George Alves, pai e enteado das crianças, foi até o local entregar fotos dos irmãos. 

O incêndio que matou Joaquim e Kauã aconteceu na madrugada do dia 21 de abril, na casa da família. O pastor George Alves, pai e padastro das crianças, era o único que estava na casa no momento e disse ter tentado salvá-los.

Os corpos dos irmãos chegaram a funerária de Linhares na madrugada desta quinta-feira (10). | Foto: Diego Simão 

Segurança em enterro

A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) fará um apoio preventivo durante o sepultamento dos irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauan Sales Burkovsky, de 6. A informação foi confirmada pela PMES nesta quarta-feira (9).

O apoio foi anunciado após pedido feito pela advogada da família, Taycê Aksacki Wagmacker. "Nós achamos que é necessário, nesse momento, que ela seja acompanhada pela Polícia Militar para que não haja tumulto, não haja pessoas de fora. Nós queremos algo fechado, para a família e amigos. Então, nesse momento, eu estou me deslocando para a Polícia Militar para tentar fazer esse pedido", disse a advogada.

Presença do pastor

O pastor George Alves, pai de Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e padrasto de Kauã Sales Burkovsky, de 6, tem o desejo de participar do enterro das crianças, que acontece na manhã desta quinta-feira (9), no cemitério São José, em Linhares. A informação é da advogada do pastor, Taycê Aksacki Wagmacker.

"Ele também está sofrendo muito, assim como todos nós, que estamos aqui nessa expectativa. A gente nem sabe dizer ainda se o próprio pai vai poder vir e enterrar as crianças. O desejo dele é de vir", revelou a advogada em entrevista ao site Norte Notícia.

Contudo, a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus) informou que, até o momento, não recebeu nenhum pedido para liberação do pastor, que está preso temporariamente no Complexo Penitenciário de Viana desde o último dia 28 de abril. 

Liberação dos corpos

Os corpos de Joaquim e Kauan permanecem no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. Na tarde desta quarta-feira, a Justiça autorizou a família a registrar o óbito tardio das crianças. Essa era a única pendência que faltava para que os corpos dos meninos fossem liberados do DML da Capital.

A informação foi passada pela advogada da família, Taycê Aksacki Wagmacker, que esteve no Fórum de Linhares nesta tarde.

"Nós entramos com uma ação, que se chama Ação de Registro Tardio de Óbito, eu só consegui protocolar essa ação ontem [terça-feira] no final da tarde e, como é uma ação que tem os seus trâmites legais, teve que dar vista ao MP. Então não daria tempo de ir para o Ministério Público, voltar ontem ainda para o juiz dar a sentença. Assim que o fórum abriu hoje [quarta-feira], o processo retornou para cá, o juiz acabou de sentenciar, me deu a cópia da sentença e, através dessa cópia, nós vamos conseguir tirar as crianças do DML de Vitoria", disse a advogada ao site Norte Notícia.

Uma funerária de Linhares foi contratada para fazer o transporte dos corpos da capital capixaba para o município do norte do Estado, onde eles serão sepultados. 

O exame de DNA que identificou os corpos de Joaquim e Kauã foi concluído na última segunda-feira (07). No entanto, como eles permaneceram por mais de 15 dias no DML, os familiares precisariam obter o chamado registro tardio de óbito para liberá-los e, para que o documento seja emitido, seria necessária a autorização judicial.

Velório

A advogada também informou que a família de Joaquim e Kauã não pretendem realizar um velório. Segundo ela, o enterro será reservado a familiares e amigos.

"Devido a toda essa repercussão, nós não achamos viável ter um velório. Na realidade, a gente pode ver que estamos tirando da família o direito de se despedir dos seus próprios filhos, porque nem isso eles vão poder fazer nesse momento, devido a toda essa repercussão. O que vai ser feito é o enterro", afirmou Taycê.


  




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