Morte irmãos carbonizados

Geral

Homenagens e movimentação intensa na casa onde irmãos moravam em Linhares

Moradores da região e curiosos continuam indo até o local para olhar, tirar foto e prestar alguma homenagem às vítimas

André Vinicius Carneiro

Redação Folha Vitória
Foto: André Vinícius

Na manhã seguinte após o anúncio da Polícia Civil de que Georgeval Alves, de 36 anos, abusou sexualmente, agrediu e ateou fogo no filho, Joaquim, de 03 anos, e no enteado Kauã, 06 anos, a movimentação em frente à casa onde morava a família foi intensa. A todo momento, curiosos iam até o local para olhar, tirar foto e prestar alguma homenagem às vitimas. A maioria das pessoas que paravam para olhar o local, nesta quinta-feira (24), ficaram estarrecidas com o caso.

“Não dá para acreditar, né? Um pai fazer uma crueldade dessa com os filhos... A gente fica até sem palavras”, disse, emocionada, a dona de casa Lurdes Oliveira. Após uma breve pausa, completou. “Ele vai pagar por isso, aqui na Terra ou mesmo no céu”.

Pai de dois filhos, Adão dos Santos, de 43 anos, veio olhar de perto o local da tragédia. ‘Vim ver de perto e tentar entender como tudo aconteceu. Estar aqui, lendo esses cartazes, olhando as marcas do incêndio, dá um aperto no coração”, disse.

“Justiça”
Cartazes de protestos por causa da morte dos irmãos carbonizados, pregados no portão da residência, continuam no local. Um deles, pregado após a coletiva realizada nesta quarta-feira (24), chama a atenção. “Acabou! A Justiça foi feita, sem palavras para descrever tamanha dor”.

Foto: André Vinícius 

Os papéis pregados contêm frases como “queremos justiça”, “não podemos nos calar”, “ninguém será poupado”, “queremos respostas” sobre o incêndio que resultou na morte dos meninos. Do lado de fora da residência, era possível ver também balões brancos espalhados na garagem da casa.

Igreja
A reportagem do jornal online Folha Vitória também esteve na manhã desta quinta-feira na Igreja Batista Vida e Paz, onde George e Juliana atuavam como pastores, em Linhares. No dia seguinte à morte das crianças, o pastor comandou um culto no local. No dia 10 de maio, a igreja foi vista trancada com cadeados e sem as placas de identificação, permanecendo da mesma forma até os dias atuais.

Foto: André Vinícius

No portão, cor de cinza, alguns xingamentos forem escritos por populares. Também foi escrito ‘luto’ em referência a morte dos irmãos carbonizados.

Defesa
Na manhã desta quinta-feira, um dos advogados responsável pela defesa de Georgeval Alves disse ainda não teve acesso ao inquérito policial na íntegra. O advogado disse ainda que não tem informação sobre uma possível transferência do detento para outro presídio e que todo o grupo de voluntários que faz a defesa de Georgeval segue em Minas Gerais.

Investigação

Foto: André Vinícius

Na manhã desta quinta-feira, apenas o delegado André Jaretta, integrante da força-tarefa que investiga o caso, estava na Delegacia Regional de Linhares. O delegado, no entanto, ao ser procurado pela reportagem, informou que não iria atender à imprensa e que todas as informação foram repassadas em coletiva realizada nesta quarta-feira.

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