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Cortes na educação: professores, alunos e grupos sindicais protestam no Espírito Santo

Mais de 60 municípios capixabas confirmaram presença na manifestação

Foto: Reprodução

Professores, funcionários de escolas públicas e grupos sindicais do Espírito Santo estão manifestando contra o bloqueio de verbas para instituições de ensino federal. Além da pauta da educação, também é questionada a reforma da Previdência. A Polícia Militar não levantou estimativa de público do evento em Vitória, que terminou por volta do meio-dia.

Um grupo se concentrou às 8h30 desta quarta-feira (15) na Praça do Papa, em Vitória, e saiu em caminhada em direção à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).  

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Mais de 60 municípios capixabas confirmaram presença na manifestação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Espírito Santo (Sindiupes), foi aprovada paralisação nas redes municipais de Anchieta, Cariacica, Fundão, Guarapari, Ibiraçu, Piúma, Santa Leopoldina, Serra, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Velha e Vitória.

Uma assembleia geral da rede estadual de ensino aconteceu às 8 horas, no ginásio do Álvares Cabral, em Bento Ferreira. Os participantes aguardam a chegada de pessoas de outras cidades do Espírito Santo. O movimento também tem apoio de profissionais da rede particular, estudantes dos ensinos médio e superior, professores e funcionários da UFES e IFES, petroleiros, entre outras categorias e diversas entidades sindicais e movimentos sociais.

São Mateus

No km 61 da BR-101 Norte, manifestantes interditaram totalmente o trecho, em São Mateus, e colocaram fogo em pneus. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os participantes do ato liberaram veículos de emergência, ambulâncias, mulheres grávidas ou pessoas com alguma urgência para resolver. 

A manifestação no local começou por volta das 8 horas e encerrou por volta das 11 horas. De acordo com a PRF, o fogo foi apagado antes das 10 horas.

Foto: Divulgação / PRF

Paralisação deve atingir 75 instituições federais

Pelo menos 75 das 102 universidades e institutos federais do País convocaram protestos para esta quarta-feira (15), em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação (MEC). Eles terão apoio de universidades públicas estaduais de diversos Estados - incluindo São Paulo, onde os reitores de USP, Unicamp e Unesp convocaram docentes e alunos para "debater" os rumos da área. Um dos alvos do protesto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira, 14, que as universidades precisam deixar de ser tratadas como "torres de marfim" e não descartou novos contingenciamentos.

A Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual pública de São Paulo, o maior da América Latina, convocou os professores a paralisarem - o mesmo foi feito pelos sindicatos da rede paulistana.

Atos em todos os Estados vêm sendo chamados pelas maiores entidades estudantis e sindicais do País, incluindo a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

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