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Ato Público da OAB-ES cobrando investigação de atentado mobiliza advocacia em Iúna

Um ato público simbólico realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Espírito Santo (OAB-ES) em protesto ao atentado contra a advogada Elzeni da Silva Oliveira mobilizou lideranças da advocacia capixaba

Foto: Reprodução / OAB-ES

A casa onde a advogada mora foi atingida por nove tiros no último dia 9 de abril. Ao lado da advogada, o presidente da Seccional, José Carlos Rizk Filho, discursou e voltou a conclamar às autoridades para dar um basta à impunidade”. Ele foi acompanhado pelo presidente do TED-ES, Alberto Nemer Neto; pelo presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas, Ben Hur Farina; pelo conselheiro Alencar Ferrugini; pela secretária da Comissão da Mulher Advogada, Maria Madalena Borges Fajardo; pelo presidente da Jovem Advocacia, Baltazar Bittencourt; pelo presidente da Subseção de Iúna, Christian Neves; e diversos representantes.

“Nós precisamos tomar ciência da gravidade que foi esse atentado, de nove tiros efetuados contra a casa de uma advogada que estava exercendo sua profissão. É preciso lutar com todas as forças contra a impunidade. Não é normal em um Estado Democrático de Direito, depois de 20 dias e de nove tiros, não ter ninguém preso. A Ordem dos Advogados do Espírito Santo está aqui para cobrar das autoridades. Sabemos que temos autoridades capazes e dedicadas para essa investigação, mas nós não vamos descansar enquanto não tivermos o resultado efetivo. Não é normal matar advogado. Não vamos aceitar uma ausência de resposta efetiva. Não vamos aceitar a impunidade de jeito algum. Somente este mês fui informado de seis ameaças na classe dos advogados. Temos feito um esforço fenomenal para dar assessoria a todos eles. Em uma cidade onde se mata advogado, também vai matar juiz, delegado, promotor, policial. Temos que dar um basta. Queria agradecer a Euzenir por estar viva no dia de hoje. E nós conseguimos manter a dignidade dessa família com muito custo. Gostaria de pedir ajuda às autoridades para que um crime desses não fique impune. Agradeço a todos os advogados daqui presentes e a todos os que vieram de Vitória. Viemos para dar um basta”, ressaltou Rizk.

A agenda do dia foi extensa, mas todos os protocolos de segurança foram seguidos. Rizk e a Diretoria da Subseção de Iúna se reuniram por videoconferência com o juiz do Fórum de Iúna, Akel Andrade Lima. O presidente da OAB-ES solicitou apuração e colaboração com as investigações do atentado à advogada. O juiz afirmou que todos os esforços serão feitos.

Em seguida, a comitiva foi recebida pelo titular da DP de Iúna, o delegado Tiago Dorneles. O presidente solicitou uma cobrança efetiva nas investigações em curso e pediu esclarecimentos do caso.

“Essa investigação é nossa prioridade. Um trabalho de inteligência está sendo realizado”, afirmou o delegado Dornelles.

As lideranças da advocacia também se reuniram com o prefeito de Iúna, Romário Batista Vieira, na sede da Subseção, e pediram apoio nas investigações. O prefeito se mostrou sensível ao caso. “Estamos à disposição da OAB e o que a prefeitura puder apoiar e contribuir para fazer justiça, com certeza fará. Não podemos ficar omissos em casos como esse e nem deixar que outros crimes contra advogados aconteçam na cidade”, afirmou Romário.

“Em nome de toda a advocacia fica o agradecimento ao prefeito de Iúna pela atenção e sensibilidade”, afirmou Rizk.

Reprodução / OAB-ES
Reprodução / OAB-ES
Reprodução / OAB-ES
Reprodução / OAB-ES

Entenda o caso

A casa onde a advogada reside foi alvejada por nove tiros, disparados por uma dupla em uma moto na noite do dia 9 de abril. Os disparos quebraram os vidros da varanda e provocaram um grande susto para a família da advogada.

De acordo com relatos encaminhados ao presidente da Ordem, José Carlos Rizk Filho, existe a suspeita de que o atentado esteja ligado com a prática da advocacia.

No dia 10/04, o presidente da OAB-ES, Rizk Filho, enviou Ofício ao governador Renato Casagrande e à Secretaria de Estado de Segurança Pública pedindo apuração rápida e rigorosa sobre o atentado sofrido.

Clique aqui e acesse o Ofício enviado ao Governo do Estado

Clique aqui e acesse o Ofício enviado à Secretaria de Segurança

Nas redes sociais, o presidente se manifestou e exigiu investigação e resposta rápida. Rizk também ofereceu o serviço de segurança para a advogada.

"Existe uma grave suspeita de que o fato de ela ter ajuizado uma ação trabalhista possa ter culminado nesse fato extremamente grave. A advocacia não tem medo e não vai se calar. Não existe esse tipo de intimidação. Nós oficiamos o governador e o Secretário de Segurança para que haja uma apuração imediata dos fatos”, declarou.

No Ofício ao governador, Rizk informou os procedimentos adotados pela Ordem. "A Seccional, juntamente com a Comissão de Defesa das Prerrogativas, prontamente destacou um grupo de membros para prestar a devida assistência à advogada agredida, fazendo os registros e solicitações para que haja a firme apuração dos fatos por parte desta Ordem, visando responsabilizar, caso as suspeitas se confirmem, aqueles que ostentam escárnio à legislação e não se inibem em agredir a advocacia no exercício da profissão", destacou.

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