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VÍDEOS | Donos de tirolesa se pronunciam pela primeira vez após a morte de engenheiro

Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação. Para uma melhor apuração dos fatos, vai aguardar o resultado da perícia que será realizada na tirolesa

Foto: Reprodução TV Vitória

Na manhã desta segunda-feira (03), um dos donos da empresa responsável pela tirolesa do Morro do Moreno, em Vila Velha, onde o engenheiro, João Paulo Sampaio Reis , de 47 anos, morreu no último sábado (01), se pronunciou pela primeira vez. O empresário Alex Magnago e a advogada, Lucinéia Vinco,  concederam uma entrevista para a TV Vitória/Record TV. 

A empresa é composta por três sócios, que buscam entender o que de fato aconteceu para provocar o acidente. "Da mesma forma que a família quer informações, nós também. É lastimável, é uma vida, um pai de família, a mesma coisa que eles querem nós também queremos. Tivemos milhares de descida nesses dois anos de funcionamento", disse Alex Magno

O engenheiro João Paulo Sampaio Reis morreu na tarde do último sábado, ao descer na tirolesa. Ele estava com a filha de 14 anos e uma amiga da adolescente. Elas praticaram a atividade antes dele. João desceu sem freio e bateu a cabeça em uma estrutura de madeira. 

Antes de morrer, ele fez um vídeo da paisagem no local, e ainda gravou a descida da filha e da amiga. Na imagem é possível ouvir ele conversando com o instrutor sobre o sistema de frenagem do equipamento.

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Após o acidente o Corpo de Bombeiros esteve no local e uma perícia da Polícia Civil foi realizada. No primeiro momento, a informação era que o freio da tirolesa poderia não ter funcionado. Mas o sócio explicou como funciona o sistema onde João Paulo morreu. Segundo ele, é um rapel guiado, com um o sistema de freios semelhante ao do rapel. 

"Mesmo a pessoa tendo habilidade para esse tipo de atividade, tem uma outra para fazer a segurança do participante, para que caso ele tenha um surto, desmaio ou solte sem querer, um profissional fica embaixo para assegurar a descida" explicou Alex. 

Ele esclareceu ainda que a tirolesa tem essa proteção chamada de "anjo". "As pessoas vão pelo cabo de aço, mas é controlado. O senhor João Paulo, infelizmente não chegou no sistema de freio ABS", disse. 

Inicialmente, as informações passadas pela Polícia são que um dos sócios, que é cabo do Corpo de Bombeiros, teria alterado a cena retirando o equipamento do corpo da vítima e se negado a entregar a polícia, mas os responsáveis pela tirolesa negaram. 

"Foi retirado o equipamento para fazer o RCP e RPH. Ele é bombeiro e tem autonomia para isso. Quando a perícia chegou, foi levada para o local em que estavam os equipamentos do João Paulo, prontamente fomos e apresentamos o material. A Perícia fez fotos e levaram para análise", afirmou Alex.

Eles garantem que a tirolesa possui engenheiro e todas as licenças necessárias.  A advogada escreveu uma nota em resposta ao acidente. 

"A empresa entrou em contato com os familiares. Mas esse momento é de luto, e eles informaram que após esse período, entrarão em contato com a empresa", frisou a advogada Lucineia Vinco. 

Em nota,  a Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação. Para uma melhor apuração dos fatos, aguardará o resultado da perícia que será realizada na tirolesa. 

O Corpo de Bombeiros esclareceu que o cabo, que é sócio do empreendimento, não estava a serviço no momento do acidente, e que a conduta dele será apurada pela Polícia Civil. 

Nas redes sociais, a empresa Tirolesa no Moreno, também se pronunciou:

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Assista a entrevista exclusiva:

* Com informações do repórter Rafaela Freitas da TV Vitória/ RecordTV




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