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Explosão em Vila Velha: terreno onde prédio desabou é cercado para evitar invasão

Os moradores da rua Antônio Roberto Feitosa estavam com medo da ação de usuários de drogas na área do imóvel que desabou no mês passado, em Cristóvão Colombo

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução

A prefeitura de Vila Velha retirou o que sobrou do prédio de três andares que desabou no bairro Cristóvão Colombo, em Vila Velha, e cercou a área com tapumes. No dia 21 de abril, o prédio desmoronou após uma explosão. Três pessoas da mesma família morreram no acidente: avô, filha e neta. Apenas uma das filhas sobreviveu.

Após o desabamento, a vida dos moradores da Rua Antônio Roberto Feitosa não foi mais a mesma. Além de lidar com a morte dos vizinhos, os moradores temiam a presença de usuários de drogas no terreno, onde ficava o prédio, e estavam se sentindo inseguros.

Na última semana, um dos moradores chegou a correr atrás de um suspeito que havia invadido a área, onde aconteceu o desmoronamento.

"Dorme de dia e à noite fica zanzando aprontando, e aqui nesse terreno que aconteceu a tragédia não foi diferente. Depois que o pessoal começou a tirar os escombros daí, eles começaram a atacar. Não conseguimos dormir à noite", disse o policial aposentado Geliel Duarte Rios.

Um morador de rua já foi detido pela Guarda Municipal quando tentava realizar um furto no local. No vídeo, ele aparece em cima da árvore, tentando se esconder. Alguns objetos foram recuperados e ele foi levado para a delegacia.

Os moradores pediram apoio da Guarda Municipal de Vila Velha e da polícia, principalmente, durante a noite na região.

Última parte da limpeza do prédio que desabou em Vila Velha foi concluída nesta semana 

A última parte do que restou do prédio foi demolida na última segunda-feira (2) pelas equipes da prefeitura. A ação foi coordenada pela Defesa Civil, que auxiliou também na retirada do restante dos escombros.

Foto: Reprodução
Prefeitura realizou a limpeza da área onde prédio desabou em Vila Velha

Duas retroescavadeiras foram utilizadas, além de um caminhão-caçamba. Uma equipe de perícia do Corpo de Bombeiros também esteve no local para averiguar a situação. 

O prédio desabou depois de uma explosão no feriado do dia 21 de abril. Três pessoas da mesma família foram encontradas mortas, após quase 19 horas de resgate. Casas vizinhas ficaram danificadas com o acidente.

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Em nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que o local foi limpo e houve a retirada dos escombros e dos pertences da família, além da área ter sido cercada com tapumes.

A Guarda Municipal esteve no local na tarde de terça-feira (3), acionada por um dos vizinhos, devido a uma tentativa de invasão.

O homem encontrado no local portava um alicate. Ele foi orientado a não retornar e não foi conduzido por não haver quem representasse criminalmente contra ele.

A Guarda vai intensificar o patrulhamento na região e orienta moradores a acionarem uma viatura a qualquer hora, em caso de atividade suspeita, pelo telefone da Central: (27) 3219-9929.

Três pessoas da mesma família morreram após desabamento

Foto: Montagem / Folha Vitória

No desabamento morreram Camila Morassuti Cardoso, de 34 anos; a filha dela, a adolescente Sabrina Morassuti Lima, de 15 anos; e o pai de Camila, Eduardo Cardoso, de 68 anos. 

A irmã da jovem foi a única sobrevivente. Larissa Morassuti, de 37 anos, estava no segundo andar da casa e passou alguns dias no hospital após ser resgatada dos escombros.

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Foto: Reprodução

Larissa teve que se hospedar na casa de parentes após a tragédia e realizou um desabafo nas redes sociais. 

Em um texto curto, ela afirmou que só queria a vida de antes, de volta, a rotina com o pai, a irmã e a sobrinha. Ela ainda agradeceu as doações e o carinho que tem recebido, até de quem ela não conhece.

*Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória/Record TV

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