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MP-RN investigará responsabilidade por desmoronamento

Redação Folha Vitória

Natal - O procurador geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis, anunciou nesta terça-feira, 17, que investigará a responsabilidade pelos grandes problemas provocados devido as fortes chuvas. O trabalho do Ministério Público recairá sobre o sistema de drenagem no bairro de Mãe Luíza, zona leste de Natal. Foi a partir de lá que ocorreu o desmoronamento.

Segundo a Assessoria de Imprensa do Ministério Público, já há vários procedimentos instaurados que apuram a necessidade de sistemas de drenagem e manutenção preventiva das lagoas de captação e águas pluviométricas. Nesta quarta-feira, 18, os promotores farão uma vistoria técnica nas áreas atingidas pelos desmoronamentos. Os representantes do Ministério Público serão acompanhados de técnicos da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e o Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente.

As fortes chuvas interditaram a avenida Sílvio Pedroza, que liga a zona leste de Natal a zona Sul, na chamada Via Costeira, um dos cartões postais da cidade, onde a população local e turistas fazem o percurso todo a beira mar. A avenida continua tomada pela areia do desmoronamento e não há previsão de quando será liberada. Para o desbloqueio dessa via três escavadeiras e 50 homens estão trabalhando no local.

O prefeito de Natal, Carlos Eduardo, se reuniu nesta terça com uma comissão de moradores atingidos pelos desmoronamentos. Ele garantiu que o Executivo custeará o aluguel para todas as famílias desabrigadas pelas chuvas até que as moradias sejam reconstruídas ou mesmo realocadas. Segundo os cálculos dos técnicos da Prefeitura, os desmoronamentos nos bairros de Mãe Luíza e Areia Preta, zona leste, deixaram 100 famílias desabrigadas, e outras 38 foram atingidas por alagamentos em outros pontos da cidade.

Já como protesto para exigir ações emergenciais aos desabrigados, algumas famílias levaram destroços, resultado das inundações, para a rua Interventor Mário Câmara, no bairro de Dix-Sept Rosado, e fecharam o trânsito na tarde de segunda. A Secretaria Municipal de Trabalho e Ação Social junto com diversos voluntários de paróquias de igrejas católicas começaram nesta terça a distribuição de roupas, alimentos e lençóis para as famílias atingidas pelas chuvas.

Uma das grandes preocupações é a doação de baldes e água mineral. A falta de água ocorre porque o sistema de abastecimento no bairro está comprometido, devido as tubulações atingidas pelos desmoronamentos. Técnicos da Companhia de Águas do Estado do Rio Grande do Norte explicaram que não é possível abastecer enquanto chove porque a pressão da rede de água poderia afetar a área que já sofreu com as chuvas. As áreas atingidas pelas chuvas estão sendo abastecidas de carro pipa.

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