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Idosos participam de manifestação contra violência em Vitória

A principal preocupação dos organizadores é com o grande número de denúncias de violência contra os idosos. No ano passado, em todo o Estado, foram 2.451 casos registrados

O ato ocorreu em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), na Enseada do Suá, em Vitória, na tarde desta terça-feira (13) Foto: André Sobral

Pessoas de várias idade promoveram um ato público antecipando as ações do Dia Mundial de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, lembrado na próxima quinta-feira (15). O ato ocorreu em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), na Enseada do Suá, em Vitória, na tarde desta terça-feira (13).

Logo no início da tarde, os idosos foram recebidos na Assembleia pelos deputados, que receberam algumas reivindicações deles. "Precisamos de espaços mais estruturados e servidores mais qualificados para atender os idosos em todo o serviço público. Por exemplo: só há uma Delegacia Especializada em Pessoa Idosa no Estado e precisamos de mais estrutura para o Núcleo da Pessoa Idosa da Defensoria Pública", disse a presidente do Conselho Municipal do Idoso de Vitória, Germânia Maria Freire de Menezes.

A ação foi realizada pelo Fórum Permanente de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Região Metropolitana, em parceria com o Conselho Municipal de Direitos Humanos de Vitória, Centro de Convivência para Terceira Idade (CCTI) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), reunindo organizações voltadas para a defesa dos direitos da pessoa idosa dos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória e o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (Ceddipi).

Esbanjando vitalidade, Dejanira Messias Andrade, de 86 anos, participou do ato e comenta que nada em mar aberto todos os dias, viaja muito e faz bordados, como voluntária, para organizações assistenciais. "A vida é muito boa em qualquer idade. Quem tem saúde, não importa a idade, pode continuar ativa, dirigindo a própria vida, sem depender de ninguém", ensinou ela, que é vegetariana há 40 anos.

A principal preocupação dos organizadores é com o grande número de denúncias de violência contra os idosos. No ano passado, em todo o Estado, foram 2.451 casos registrados. "A violência é maior do que os números mostram, porque nem toda violência é notificada", disse Germânia.

No Brasil, em 2016, mais de 32 mil idosos sofreram algum tipo de violência no Brasil, segundo o Disque 100, o canal que recebe denúncias de violação de direitos da população.

Segundo o Disque 100, mais de 70% das denúncias são relativas à negligência: deixar o idoso dependente sozinho; não providenciar os alimentos ou medicamentos necessários, entre outras falhas nos cuidados com a pessoa que tem limitações. Outros tipos de violência são abuso financeiro e patrimonial, violência psicológica e física.

Denúncias

Para denunciar violações de direitos das pessoas idosas, os cidadãos podem ligar:

Disque 100
Delegacia de Atendimento e Proteção às Pessoas Idosas: 3227-9545
Conselho Municipal do Idoso (Comid): 3382-6178
Centro de Referência Especializado de Assistência Social: Creas Centro - 3132.8065 / Creas Maruípe - 3233.3420 / Creas Bento Ferreira- 3132.1719

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