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Você conhece o culatello? Venda Nova do Imigrante é pioneira na produção da iguaria

Após a família produtora conquistar o rótulo de qualidade e permissão para a comercialização, o produto está virando atração entre os turistas

A produção artesanal de embutidos é tradição em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo. O principal deles, o Socol, conquistou reconhecimento pelo Governo Federal, por meio do registro do INPI, como já mostramos anteriormente. Desta vez, o município surge com mais uma novidade, cheia de importância histórica: o culatello.

Ambos são um tipo de presunto cru, mas existem algumas diferenças que fazem o culatello ser ainda mais especial. O embutido é feito das partes mais nobres do pernil, um tempero diferente e maior quantidade de gordura. Além disso, uma das curiosidades que tornam o petisco ainda mais especial é o seu preparo: o tempo maturação do culatello pode durar até 12 meses!

Sua preparação artesanal feita de forma diferenciada e um gosto único, puxado para o adocicado, fazem do produto vendanovense mais uma atração especial no tour gastronômico que movimenta a economia no município. Por lá, turistas podem conhecer os lugares de fabricação, entender todo o funcionamento e participar de degustações.

Para Edines José Lorenção, responsável pela produção e venda do socol e do culatello na região, foi um desafio, mas conseguiram adaptar para o paladar brasileiro e transformar uma tradição familiar em um valor cultural.

“Tanto o socol, quanto o culatello são muito importantes para a família Lorenção. Fomos os primeiros a comercializar aqui no Espírito Santo. Para nós, era algo feito em casa, para família e amigos, mas quando descobrimos o valor disso, aproveitamos e investimos. Hoje, trazemos pessoas da cidade para comer nossa comida e conhecer nossa história”, ressaltou Edines.

A história

Assim como o socol, o culatello veio com os imigrantes italianos que vivem na região serrana do estado. A tradição foi passada da geração em geração e é mantida até hoje por diversas famílias, como as do Sítio Lorenção, que vivem da produção e venda desses produtos, resgatando e valorizando a cultura do passado.

Edines José Lorenção, do Sítio Lorenção, afirmou que o culatello já era produzido há anos e consumido entre parentes e amigos, mas que percebendo sua qualidade e importância histórica, a família decidiu começar a vender, depois de conquistar o rótulo de qualidade do Idaf, que permite a venda do embutido. 

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