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Grand Parc Residencial: MPES diz que engenheiros sabiam do risco de desabamento

Um pavimento do condomínio desabou há três anos, causando a morte de um funcionário do prédio. Para os promotores, engenheiros ignoraram falhas no projeto ao permitir a construção e sabiam do risco de desabamento

Foto: Divulgação

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Vitória, ajuizou denúncia contra quatro engenheiros por negligência e mau uso da formação técnica. 

De acordo com a denúncia, os envolvidos contribuíram para o desabamento da área de Pavimento de Uso Comum (PUC) do Condomínio Grand Parc Residencial Resort e para a morte de um funcionário do prédio.

O MPES sustenta, a partir dos laudos periciais e análises técnicas de empresas de engenharia, que além das condições estruturais precárias, houve erros de cálculo no projeto arquitetônico. Os engenheiros não verificaram as irregularidades existentes e permitiram a construção com diversas falhas, inclusive uma estrutura subdimensionada, incapaz de suportar o peso previsto.

O MPES afirma na denúncia que os envolvidos tinham consciência do risco aos moradores do local. As negligências foram fatores determinantes no desabamento da estrutura e na morte do funcionário.

O desabamento aconteceu em 2016. Parte da área de lazer de um condomínio de luxo desabou, durante a madrugada do dia 19 de julho, na Enseada do Suá, em Vitória. A tragédia teria ocorrido por volta das 4 horas. O porteiro do prédio morreu no acidente. Ele ouviu o barulho e foi checar o que estava acontecendo, quando foi atingido pela lage que desabou. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, entre elas, o síndico e quatro funcionários do condomínio.

Três lajes do condomínio de luxo desabaram, sendo a área de lazer, a área da garagem, com vários veículos, e a área do subsolo.

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