Hóspedes que ficaram isolados em hotel de Vitória podem pedir reembolso de diárias à Sesa

Foto: Nathália Munhão/TV Vitória

Os hóspedes que precisaram ficar por mais tempo do que o previsto em um hotel de Vitória poderão pedir ressarcimento dos valores gastos à Secretaria de Estado da Saúde. De acordo com o site de reservas do hotel, os valores das diárias vão de R$ 135 a R$ 188.

A informação é do subsecretário em Vigilância de Saúde, Luiz Carlos Reblin, durante entrevista concedida à Pan News Vitória, na manhã desta quarta-feira (02). Segundo ele, a regra é válida para pessoas físicas. Muitos tiveram que se manter isolados após um marinheiro indiano testar positivo para a covid-19, na última sexta-feira (28), e começaram a ser liberados somente no domingo (30).

"A legislação diz que as empresas aéreas devem fazer a remarcação das passagens sem custo adicional e a Secretaria de Saúde providenciou isso. A Sesa também comunicou ao hotel que aquelas pessoas de natureza física que tiveram que permanecer por um tempo maior, em função daquela condição, poderão ressarcimento à Secretaria Estadual de Saúde", afirmou.

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Reblin ainda falou sobre a vacinação do público fora das comorbidades. Segundo ele, a previsão de alcançar a faixa etária de 18 anos continua para o final de julho ou início de agosto. No entanto, ele esclareceu que tudo depende da chegada das doses da vacina, já que o Estado espera receber 800 mil doses em junho e a mesma quantidade no mês que vem.

O caso

De todas as pessoas que estavam isoladas no hotel, desde a última sexta-feira (28), apenas um dos três indianos testou positivo para a covid-19. Segundo a Sesa, um exame feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em uma amostra desse indiano, apontou que ele está infectado com a variante P1 do coronavírus, que foi identificada primeiramente no Amazonas.

Os três indianos seguem no hotel, cumprindo quarentena. De acordo com o gerente comercial do estabelecimento, Gabriel Miranda, o que testou positivo para a covid-19 está em uma suíte no último andar do hotel. "Ele está completamente isolado e não oferece risco nenhum aos demais hóspedes e aos funcionários", disse o gerente à reportagem do jornal online Folha Vitória.

Ainda segundo Miranda, o indiano infectado está bem e, no momento, não apresenta sintomas. Para não haver contato com funcionários, as refeições servidas a ele são deixadas em um dos cômodos do quarto.

O grupo de indianos é formado por trabalhadores off-shore, sendo um comandante e dois marinheiros. Eles chegaram ao hotel na madrugada da última quarta-feira (26). O que testou positivo já chegou ao hotel com sintomas fortes da doença, como febre e coriza.

Após a confirmação de ele estava infectado pelo coronavírus, os demais hóspedes e funcionários também foram testados pela Sesa e isolados. No último domingo, as primeiras pessoas começaram a ser liberadas, após terem dois testes de RT-PCR negativos para a presença do vírus.

Nesta terça-feira, cerca 30 pessoas ainda estavam instaladas no local. Com o fim da quarentena, todos os hóspedes que cumpriam quarentena no hotel já foram liberados. Segundo o gerente, alguns permanecem no estabelecimento, mas por conta própria.

Por causa da quarentena, o hotel ficou quatro dias sem poder receber novos hóspedes. O próprio site do estabelecimento indisponibilizou reservas até o próximo dia 15. Mesmo com a volta das atividades, até a noite desta terça-feira, as reservas pelo site ainda não haviam sido liberadas.

Outro caso descartado

Além do hóspede do hotel em Vitória, a Secretaria da Saúde descartou outro caso suspeito da variante indiana, que começou a ser investigado no último dia 23. Na ocasião, um outro cidadão indiano desembarcou no Espírito Santo após viajar no mesmo voo que uma pessoa que testou positivo para a variante do país asiático.

O passageiro indiano foi localizado na manhã do dia 24, em seu domicílio, e orientado a fazer um isolamento preventivo. A equipe de Vigilância em Saúde Municipal também realizou a coleta de RT-PCR nesse passageiro.

O motorista que o levou até sua casa também precisou ficar em isolamento e sendo monitorado pela Sesa, além de fazer o exame de RT-PCR