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Inspiração: conheça voluntários por traz de projetos sociais de Vitória

Voluntários de projetos sociais falam sobre o sentimento de ajudar as crianças e os adolescentes diariamente

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução TV Vitória

Orgulho e inspiração: assim podemos descrever o trabalho desenvolvido por voluntários nas mais variadas instituições. Este locais, na maioria das vezes, dependem de colaboradores, mas quem realmente ganha são as pessoas atendidas pelos projetos. 

Tirar um tempo do dia para ajudar sem ganhar nada em troca faz parte da rotina da Almerinda Freitas e do Valdir Freitas há 20 anos.

"A gente recebe, faz a seleção, vê se a roupa está em bom estado. Quando a gente vê que a roupa é de qualidade, mas tá bem sujinha, a gente lava. Daqui vai direto para a Caoca, lá para o bazar", contou Almerinda.

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Ela explica que tem separado algumas roupas para levar para a Casa de Atendimento e Orientação à Crianças e Adolescentes (Caoca). No local, os voluntários organizam e preparam as peças para realizar as vendas no bazar do instituto. 

Todos os colaboradores do Projeto Caoca são voluntários. Um trabalho, que nem deveria ter esse nome. "É muito bom e faz muito bem espiritualmente", disse Valdir. "É minha essência, o participar, o estar lá dando o seu tempo, não tem preço. É muito bom", complementou Almerinda.

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Uma gratidão que transborda e "contamina" de forma positiva. "Já conhecia a Almerinda de um outro trabalho, aí eu perguntei: 'você trabalha no voluntariado? eu gostaria de fazer'. Eu vim pra cá tem poucos dias, mas eu fiquei muito feliz. Uma coisa que eu gosto de fazer é a arrumação e vender", contou a voluntária Rosemari Follador.

Quem recebe todo esse carinho, só tem a agradecer. "Eu tenho uma filha adolescente, ela tem a Síndrome de Down. Ela entrou na Caoca com 8 anos. Faz 15 anos que ela faz parte da Caoca. Pelo acolhimento, pela dedicação, pelo apoio dos profissionais, eu sou muito grata", agradeceu a manicure Maria Tereza de Oliveira.

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A Caoca tem 58 voluntários, entre eles moradores do bairro Maria Ortiz, grupos de amigos e pessoas solidárias. São eles que mantêm o local funcionando diariamente. 

No Serviço de Engajamento Comunitário (Secri), são 10 voluntários que atendem  centenas de crianças. "Aqui é um grupo de mulheres da Economia Solidária. Eu trabalhei com mais de 5 anos com elas, ensinando o que eu sei fazer de artesanato" contou a voluntária Mariza de Moraes Cipriano.

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O Secri e a Caoca são instituições que atendem as crianças e os adolescentes das periferias no contraturno escolar, oferecendo cursos e atividades esportivas e pedagógicas. 

Ambas têm apoio do Instituto Americo Buaiz. Elas dependem de voluntários para conseguirem funcionar e os colaboradores recebem de volta algo que o dinheiro não compra. "Se as pessoas descobrissem que quando você está se doando, na verdade, você está ganhando. E é uma satisfação que não tem preço", disse Mariza.

"Qual é o propósito da gente, pra quê que a gente veio a esse mundo? Será que é só para a gente passar, fazendo no dia a dia e tudo? Será que não tem algo maior? Acho que o voluntário é isso, é você doar um pouco de si, dos milagres que a gente recebe a cada dia, a gente retornar isso para as pessoas", complementou Lucienne.

*Com informações do repórter Lucas Henrique Pisa, da TV Vitória/Record TV

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