Trabalhadores da Copasa-MG fazem greve de "advertência"
Belo Horizonte - Funcionários da capital e de 680 municípios de Minas Gerais da Companhia de Saneamento do Estado (Copasa-MG) estão em greve de "advertência" durante as 24 horas desta terça-feira, 15. A paralisação é um aviso e uma tentativa de sensibilizar a Copasa para voltar as negociações em acordo coletivo de trabalho, disse Renato Rodrigues, primeiro diretor secretário do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua MG)
"Hoje estamos fazendo uma paralisação de advertência, nos próprios locais de trabalho, sem afetar o abastecimento e mantendo os serviços essenciais à população. Não aceitamos a proposta da empresa apresentada na segunda-feira como a final e queremos voltar a conversar sobre o assunto", explicou Rodrigues, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Segundo ele, a Copasa ofereceu apenas o reajuste salarial atrelado ao INPC acumulado até maio, de 5,82%, e um aumento de 10% no vale-refeição e ignorou os outros pedidos da categoria. Entre os outros pleitos do Sindiágua estão revisão da tabela de Plano de Cargos, que está há mais de dez anos em defasagem; reajuste da política de porte, com a eliminação das diferenças de remuneração entre os trabalhadores de mesmo cargo da capital e do interior; e inclusão da gratificação por desempenho operacional, entre outros itens.
"Até o momento, a empresa havia só apresentado essa proposta tida como a final. Queremos um retorno da Copasa e a convocação de assembleia para os próximos dias. Se não houver acordo, aí sim, entraremos em greve por tempo indeterminado", informou. Até o fechamento da reportagem, não foram encontrados porta-vozes da Copasa para comentar o assunto.