Geral

Ressaca do mar provoca estragos e mortes no Espírito Santo

Entre domingo e segunda-feira, o impacto das ondas arrancou o acostamento, a ciclovia e um pedaço de uma das pistas da ES 060, em Meaípe, Guarapari

Foto: TV Vitória
Ressaca do mar destruiu trecho da Rodovia ES 060, em Meaípe, Guarapari

A ressaca no litoral capixaba continua causando prejuízos. Na tarde desta segunda-feira (22), em Guarapari, o mar permanecia agitado onde a ressaca destruiu um trecho da Rodovia ES 060. A Polícia Militar, a Defesa Civil municipal e uma equipe do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) foram conferir os estragos de perto. 

Durante todo o dia, os carros continuaram trafegando em meia pista. "Fazia tempo que eu não via uma situação dessas aqui em Meaípe. Estou admirado", afirma um morador da região.

Entre domingo (21) e segunda-feira, o impacto das ondas arrancou o acostamento, a ciclovia e um pedaço de uma das pistas. Um carro chegou a ficar pendurado no barranco. Outro veículo acabou puxado pela força das ondas e foi parar dentro do mar. 

Em janeiro deste ano, o asfalto já havia cedido no local, mas agora a destruição foi maior. "Vimos aqui o mar batendo muito e acabou que a gente presenciou o mar batendo no asfalto e presenciou quebrando tudo", conta outra moradora.

Na tarde desta segunda-feira, uma engenheira e uma geógrafa do DER estiveram no local, mas disseram que não tinham permissão para falar com a imprensa. Depois das 17 horas, operários do órgão deram início à sinalização preventiva. 

Outras cidades

A ressaca do mar que destruiu parte da rodovia em Meaípe, Guarapari, também causou prejuízo nas orlas de Vitória e Vila Velha. Além dos danos materiais, quatro pessoas acabaram se afogando no mar. Entre elas, um pescador de 72 anos, que morreu na Praia da Costa.

Na praia de Itaparica, a ressaca chegou até a pista da Avenida Estudante José Júlio de Souza, na orla. Um quiosque foi atingido e os carros tiveram que passar na faixa da esquerda para fugir da água. Ainda em Vila Velha, um grupo de surfistas foi a cinco quilômetros mar adentro, no lugar conhecido como laje da avalanche, para surfar. Eles disseram que algumas ondas chegaram a 10 metros de altura. 

Em Ponta da Fruta, a erosão provocada pelo impacto das ondas se acentuou ainda mais. A coordenadora de segurança aquática de Vila Velha, Arlete Dutra, alerta para os cuidados com o mar agitado.

"O cuidado tem que ser redobrado, porque o mar está de ressaca. Tem muito buraco, tem turista em Vila Velha, e geralmente as pessoas não sabem a condição do mar. Como vocês estão vendo aí, ondas gigantescas. E a gente trabalha com prevenção. Qual prevenção? Evitar de entrar na água nesse momento que o mar está de ressaca", disse.

Em Vitória, na Curva da Jurema, outro lugar que sofre com a erosão costeira, o mar chegou até os quiosques. Quem estava no local ficou assustado. O deck de um quiosque quase foi arrancado. Segundo a prefeitura, há um projeto de engordamento da praia em fase de licitação, mas que só será executado em 2020.

A Secretaria de Meio Ambiente de Vitória disse que a obra para ampliação da faixa de areia da praia está em fase de licitação. A obra deve ficar pronta para o verão de 2020. Já em Vila Velha, a prefeitura tem conhecimento da erosão e, assim que a maré recuar, uma equipe fará as ações necessárias de infraestrutura e limpeza.

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV


Pontos moeda