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Governo do Estado diz que adotou medidas contra a covid-19 nos coletivos; MPES questiona

Com a flexibilização das medidas de isolamento social, o movimento nos terminais e nos coletivos tem aumentado ainda mais na Grande Vitória

Foto: TV Vitória

Com a flexibilização das medidas de isolamento social, o movimento nas ruas já é maior na Grande Vitória. A situação não é diferente nos terminais e nos ônibus, que vêm apresentando aumento na movimentação de passageiros. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) está de olho nessa questão e já cobrou medidas do governo estadual para tentar reduzir as aglomerações nos coletivos e terminais, a fim de minimizar o contágio pelo novo coronavírus. 

O órgão informou que o prazo para que a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) enviasse um documento com todas as medidas para reduzir o risco de contaminação no transporte coletivo se esgotou na última quarta-feira (29) e que analisa o que vai fazer. 

Já a Semobi diz que recebeu os questionamentos do MPES na terça-feira (28) e que, portanto, estaria no prazo para responder. A secretaria informou ainda que já implementou a maior parte das medidas que estão no protocolo proposto na semana passada e enviado ao Ministério Público. Entre essas medidas, está o aumento da frota em circulação.

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A equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV esteve no terminal de Campo Grande, em Cariacica, nesta quinta-feira (30), onde permaneceu por cerca de duas horas, durante a tarde. Nesse período, não foi visto, por exemplo, nenhum fiscal orientando passageiros a não entrar em ônibus com lotação completa, diferentemente do que foi anunciado pela própria Semobi, no protocolo proposto na semana passada. Entre as medidas, estava o maior rigor na fiscalização.

Na semana passada, a reportagem esteve no mesmo terminal. Desde então, pouca coisa mudou: a cortina de isolamento do motorista é raridade, as marcações no chão, para indicar a distância recomendada, continuam apagadas. Além disso, poucos passageiros respeitam o distanciamento, seja porque não notam as indicações no chão ou simplesmente porque não se importam em adotar essa medida.

Quanto ao uso de máscara, item de segurança obrigatório nos terminais e dentro dos coletivos, nem todo mundo obedece a regra. "[Os ônibus ficam] superlotados, pessoas sentadas e em pé, sem máscaras. Só usam para entrar no ônibus. Quando chega, tira", relatou a dona de casa Audy Azevedo.

A dona de casa conta que sempre se protege e critica quem não faz o mesmo. Ela também questiona a falta de fiscalização nos terminais. "Só pelo alto-falante que eles falam. Fiscal nenhum vem em porta e manda as pessoas saírem".

Com informações da jornalista Andressa Missio, da TV Vitória/Record TV

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