CORONAVÍRUS

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Plataforma online será usada para monitorar ações das escolas do ES após volta das aulas presenciais

A medida faz parte da portaria publicada pelo governo do Estado, no último sábado, referente ao protocolo a ser adotado pelas instituições de ensino no retorno às atividades

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma plataforma online, desenvolvida pelo governo do Estado, será utilizada no acompanhamento das ações adotadas pelas escolas da rede pública de ensino, no enfrentamento ao novo coronavírus, durante o retorno das aulas presenciais no Espírito Santo. A medida faz parte da portaria conjunta, elaborada pelas secretarias de Estado da Educação (Sedu) e da Saúde (Sesa), referente às medidas administrativas e de segurança sanitária a serem adotadas pelas instituições de ensino no retorno às atividades presenciais.

Por meio dessa plataforma, as instituições poderão enviar informações referentes ao Plano Estratégico de Prevenção e Controle (PEPC) da doença, que cada unidade deverá elaborar, além de informar sobre possíveis afastamentos de estudantes e trabalhadores por suspeita ou confirmação da covid-19.

Cada escola deverá enviar as informações às secretarias de Educação e Saúde da esfera à qual está vinculada — as instituições municipais deverão ser reportar às secretarias municipais, e as unidades estaduais, às pastas do Estado. As informações referentes ao monitoramento das medidas de prevenção deverão ser enviadas semanalmente. Cada instituição de ensino designará um responsável por esse envio, o qual terá acesso à plataforma.

De acordo com a portaria publicada pelo Estado, no último sábado (08), em uma edição extra do Diário Oficial, o PEPC é obrigatório para que as escolas possam retomar as aulas presenciais. As unidades de ensino deverão também criar um comitê local de prevenção, que terá como uma de suas atribuições justamente organizar e acompanhar a implementação das medidas estabelecidas pelo plano estratégico.

Protocolo

Apesar da publicação do protocolo que deverá ser adotado pelas instituições de ensino, ainda não há uma data definida de quando as aulas presenciais poderão ser retomadas no Espírito Santo. As atividades estão suspensas desde o dia 17 de março, como forma de prevenção à disseminação do novo coronavírus. 

A portaria publicada no último sábado disciplina os procedimentos a serem adotados na educação básica e nos ensinos médio e superior. Já o protocolo para a educação infantil ainda vai ser definido pelo Estado.

"Nossa expectativa é que isso ocorra ao longo desta semana e, findado esse período, a gente tenha um segundo documento, tratando especificamente dessa etapa de ensino tão delicada, mas que as autoridades de saúde e de educação têm examinado com muita atenção, muita transparência e muita responsabilidade", destacou o secretário estadual de Educação, Vitor de Ângelo.

"Nós temos uma expectativa de que em setembro a gente possa voltar, mas não é possível bater o martelo de que isso vai se consolidar efetivamente", afirmou o governador Renato Casagrande, durante uma entrevista coletiva, concedida na última quinta-feira (06).

Entre as medidas estabelecidas pela portaria está a demarcação de pisos, bancos, mesas e carteiras, inclusive dos refeitórios, para garantir o distanciamento social. Nas cantinas e restaurantes, nada de bandejão: só pode refeição individual. 

Além do distanciamento e da higiene, o protocolo estabelece um monitoramento do estado de saúde de funcionários e alunos, e define a forma de proceder em caso de suspeita de contaminação. Também há regras para evitar aglomerações no uso do transporte escolar.

>> VEJA A PORTARIA PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL!

Para evitar aglomeração, um sistema de rodízio e horários alternados também deve ser adotado. A ideia, segundo o próprio texto da portaria, é que a volta aconteça de forma gradual, por etapas e em revezamento. 

Luciano Gani, diretor de uma escola particular de Vitória, afirma que a unidade de ensino já fez quase todas as adaptações necessárias. "A gente já separou as entradas com horários diferentes, como se pede o protocolo; fizemos uma entrada com o uso de pitoco e tapete sanitizante, assim como também pede o protocolo. [Foram disponibilizados] o totem de álcool em gel e o aferimento de temperatura na entrada. Só entram alunos e funcionários durante o turno da escola. E parte do nosso protocolo vai ser o uso da garrafa, tanto para funcionário quanto para as crianças. Eles vão encher a garrafa e, na hora em que for usar o bebedouro, vai ter que separar pelo espaço de distanciamento social"

O sindicato das escolas particulares considera a portaria um passo importante para a retomada das aulas presenciais. "Existe uma importância enorme do encontro da comunidade escolar com toda a equipe de colaboradores da instituição, com os pais, com os alunos, com a comunidade externa, porque, com isso, a gente consegue construir, de forma mais coesa e coerente, a estratégia do retorno, tanto na perspectiva de saúde como pedagógica", ressaltou o vice-presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espirito Santo (Sinepe-ES), Eduardo Costa.

Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV

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