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Kerry quer Oriente Médio na luta contra Estado Islâmico

Redação Folha Vitória

Jedá - O secretário de Estado americano, John Kerry, procura definir com aliados do Oriente Médio, reunidos na Arábia Saudita nesta quinta-feira, qual apoio eles estão dispostos a dar ao plano dos EUA de conter o grupo extremista Estado Islâmico, que ocupou grandes faixas no Iraque e na Síria.

Kerry se reuniu na cidade de Jedá, na Arábia Saudita, com representantes do país e do Bahrein, além de outros diplomatas na região, em um centro de conferência no aeroporto da cidade. O ministro de Relações Exteriores saudita, príncipe Saud Al-Faisal, encontrou Kerry para um breve café da manhã. Em seguida, o secretário de Estado americano encontrou o ministro de Relações Exteriores de Bahrein, Khalid Bin Ahmed Al Khalifa, cujo país abriga a frota naval americana.

Mais tarde, Kerry deve se encontrar com autoridades do Golfo Pérsico, assim como enviados do Egito, Jordânia, Líbano e Turquia para pedir por apoio regional, visto como ponto-chave para combater o avanço do Estado Islâmico. Cerca de 40 países concordaram em contribuir para o que Kerry considera ser uma luta mundial para derrotar o grupo.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou uma ampla estratégia contra o grupo que inclui aumentar bombardeios aéreos contra seus combatentes no Iraque, realizar ataques na Síria pela primeira vez e enviar esforços para o Exército iraquiano e os rebeldes sírios moderados para permitir que eles retomem territórios ocupados pelos militantes.

Kerry quer construir uma coalização na região liderada pela Arábia Saudita e pela Turquia, que é integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Arábia Saudita já concordou em abrir suas bases militares para treinar rebeldes sírios moderados, segundo os EUA.

Alguns países do Golfo poderiam ajudar com os bombardeios aéreos, assim como os Emirados Árabes Unidos e o Catar fizeram na campanha americana na Líbia em 2011, que ajudou a depor o então presidente Muamar Kadafi. Nações do Golfo poderiam auxiliar com armamento, treinamento, inteligência e logística. Os esforços de construção da coalizão poderiam ser impedidos, contudo, por discussões entre os aliados de Washington na região.

Os EUA já realizaram mais de 150 bombardeios aéreos contra militantes no Iraque no último mês, enviaram conselheiros militares e milhões de dólares em ajuda humanitária, incluindo uma remessa adicional de US$ 48 milhões, anunciada na quarta-feira.

A ação diplomática no Oriente Médio acontece antes da conferência marcada para segunda-feira em Paris para discutir a situação do Iraque. A reunião vai incluir autoridades dos EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, além de outros países, incluindo possivelmente o Irã. Fonte: Associated Press.

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