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Criança de três anos com 70 quilos tenta emagrecer para ter vida normal em Cachoeiro

A suspeita é que o menino de apenas três anos tenha uma síndrome rara. Nesta segunda-feira (29) ele deve fazer um exame para poder começar o tratamento

O menino tem apenas três anos de idade Foto: Reprodução Facebook

Ele nasceu com o peso de uma criança normal, mas após o primeiro ano de idade começou a engordar três quilos por mês. Foi o que contou Josiane de Jesus Caldogno, mãe de Misael Caldogno. Para descobrir o que o menino tem, nesta segunda-feira (29), ele fará um exame. A suspeita é que seja a chamada de síndrome de Prader Willi.

A criança mora em Cahoeiro de Itapemirim, mas precisa fazer todo o tratamento em Vitória. Segundo a família, ele já fez vários testes, mas nenhum foi suficiente para descobrir o que ele tinha. “Meu filho tem problemas no fígado e na tireóide por causa do peso. A médica disse que ele pode ter uma síndrome rara, por isso precisamos do exame”, contou a mãe.

Josiane disse que o filho nasceu com 3,750 kg e 50 centímetro, peso e tamanho de uma criança normal. Após completar um ano e meio ele começou a engordar três quilos por mês. Com isso a família percebeu que havia algo de errado e procurou um médico. “Ele sempre ganhou muito peso, mas só começamos a notar depois de um ano”, afirmou.

Dores 

Por conta do problema Misael não frequenta a escola, não brinca e quase não sai de casa, pois não consegue andar direito e passar muito tempo em pé. “Ele reclama de dores no pé e que está cansado. Aí acaba deitando na cama, no sofá e até no chão. Ele já pediu várias vezes para ir para a escola, pede para sair para brincar, mas ele não agüenta, não tem condições para isso. Ficamos sem saber o que fazer nessa situação”, relata.

De acordo com a mãe, o menino sempre comeu pouco, na verdade, menos que uma criança normal deveria comer. Segundo ela, as vezes em uma refeição ele não passa de duas colheres. Esse foi um dos pontos que chamou a atenção da família para o ganho de peso. Por conta disso, o pedido do exame foi feito em julho deste ano, mas como precisava ser comprado pela Secretaria de Saúde, somente agora ele poderá ser realizado.

Tratamento

A mãe contou que a família não tem condições de arcar com as despesas do exame e que todo o tratamento da criança é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Meu marido faz bico e nem sempre tem serviço, e eu não trabalho. Muitas vezes precisamos pagar taxi para levar o Misael nos lugares, pois não tem como andar de ônibus com ele. É um dos gastos que temos. Quanto a alimentação, ele precisa de alguns alimentos especiais, mas também não temos condições de manter”.

A preocupação para que o exame seja feito veio após o médico da criança dizer que, por conta do peso ele tem problemas no coração. “Meu filho pode morrer a qualquer momento, até dormindo. Isso nos preocupa muito. Queremos descobrir o que ele tem para tratar. Precisamos também de ajuda, pois ele necessita de um nutricionista e um neurologista para acompanhar”.

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