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Descoberta de cadela salva homem de cumprir pena de 50 anos de prisão nos EUA

Joshua Horner foi acusado de abusar sexualmente de uma menor de idade e de ter matado o animal como ameaça para que ela não fosse à polícia; Lucy foi encontrada viva, provando que acusadora mentiu sob juramento, segundo procurador

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
A descoberta de Lucy salvou uma vida | Foto: Lisa Christon/ AP

LOS ANGELES, EUA - A descoberta de uma labradora preta salvou um americano de seguir cumprindo uma pena de 50 anos de prisão acusado de abusar sexualmente de uma menor de idade.

Joshua Horner, um encanador da cidade de Redmond, no Estado americano de Oregon, foi condenado no dia 12 de abril de 2017 pelo crime. Durante o julgamento, a suposta vítima alegou que ele havia ameaçado atirar em seus animais se ela contasse o caso à polícia, e afirmou que viu o homem atirar em seu cachorro e matá-lo como forma de intimidação.

Seis meses depois da condenação, o americano pediu ajuda ao Oregon Innocence Project, que contou com a ajuda do promotor do condado de Deschutes, John Hummel. Horner insistiu que nunca atirou no cão e que encontrar o animal provaria que a acusadora havia mentido sob juramento.

As buscas foram feitas e as informações eram de que a labradora teria sido entregue à doação. O grupo tentou encontrar o novo dono do animal, mas não teve sucesso. Até que Lucy foi localizada na cidade de Gearhart, em Portland.

A descoberta indicou que a acusadora de fato havia mentido ao testemunhar, segundo o procurador distrital. Hummel disse no tribunal que não tinha certeza se Horner era inocente com relação ao abuso da menor, mas que agora não está convencido de que ele o tenha feito. O juiz do condado de Deschutes, Michael Adler, decidiu então anular o caso.

Horner deixou a prisão no dia 3 após a Corte de Apelações de Oregon reverter sua condenação e ordenar um novo julgamento.

Hummel afirmou em um e-mail que a questão de o animal ter sido baleado foi levantada pela primeira vez durante o julgamento e por isso não havia nenhuma investigação a ser feita sobre o assunto antes. “Não havia razão crível para questionar a declaração quando ela foi feita.”

Ele ressaltou ainda que apesar de os EUA terem “o melhor sistema judiciário do mundo, não é perfeito. Erros são cometidos e devemos ser julgados pela forma como respondemos a eles”. /AFP e AP

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