Famílias devem ficar mais dez dias em escola após reintegração de posse em Vila Velha
A reintegração de posse terminou em confusão na manhã da última terça-feira (18), em Vila Velha. A Polícia Militar (PM) cumpriu uma determinação judicial
As famílias que tiveram suas casas destruídas em uma reintegração de posse, em Vila Velha, devem continuar por mais dez dias abrigadas em uma escola de Morada da Barra, no município.
São mais de cinquenta pessoas entre crianças e adultos que estão provisoriamente no local. O prédio recebeu reforço na segurança, e agentes da Guarda Municipal ficaram à porta da escola Professor Darcy Ribeiro.
Profissionais do serviço social da prefeitura fizeram um cadastro dos abrigados na escola, e ao final da noite, os portões foram fechados. Só quem estiver cadastrado poderá entrar e sair. Segundo a prefeitura, a medida é para garantir a segurança.
Nos próximos dias as aulas vão continuar suspensas na escola. As famílias foram levadas para o prédio depois de serem retiradas de um terreno na manhã da última terça-feira (18) durante uma reintegração de posse determinada pela justiça e cumprida pela Polícia Militar (PM).
Reintegração de posse
Uma reintegração de posse terminou em confusão na manhã da última terça-feira (18), em Vila Velha. A Polícia Militar (PM) cumpriu uma determinação judicial. A ordem de retirar as famílias partiu da 4ª Vara Cível de Vila Velha. O juiz Carlos Magno atendeu o pedido de cotistas, que alegam que a área, conhecida como Morada dos Lagos, foi invadida. Eles afirmaram que são os verdadeiros donos do terreno.
Pelo menos 150 policiais estiveram no local. Homens da cavalaria, da Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp) e Força Tática tentaram negociar com os moradores. Diante da resistência, a PM deu um prazo de 20 minutos para que todos retirassem os pertences e abandonassem os imóveis. A medida que o tempo passava, os militares avançavam, e uma corrente humana foi criada para impedir a aproximação da polícia.
Vídeo: