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ES vai abrir 28 novas escolas em tempo integral e aumentar ensino técnico em 2020

Escolas rurais e unidades com tempo integral de sete horas serão inseridas nas novas escolas onde serão implementadas a modalidade de ensino

Foto: Reprodução/Governo do Estado

Um total de 11.450 novas vagas na educação de tempo integral serão abertas em 2020. Todas elas estarão disponíveis nas 28 novas escolas onde serão implementadas a modalidade de ensino. Atualmente, 36 unidades de ensino do modelo já funcionam no Espírito Santo. Para o próximo ano, o total de escolas em tempo integral será de 64.

Todas as unidades, mesmo as que já estão em funcionamento, passarão por mudanças e reformulações. Do total, 46 terão a carga horária de 9 horas e 30 minutos. Destas, 3 terão o ensino integrado a cursos técnicos. Outras 15 unidades integradas à modalidade técnica terão a carga horária um pouco menor, com sete horas. Em três escolas, haverá a oferta do tempo integral rural, com a carga horária de 9h30.

Os alunos que optarem pela modalidade de Ensino Médio integrado ao curso técnico, com a carga horária de sete horas, o período de aula será das 13h às 20 horas, com duas refeições. Quem optar pelo tempo integral de nove horas e meia, permanecerá na unidade de ensino das 7h30 às 17 horas, com três refeições diárias.

As novas unidades escolares serão implementadas em unidades dos municípios de Águia Branca, Baixo Guandu, Boa Esperança, Brejetuba, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Guarapari, Linhares, Mantenópolis, São Mateus, Serra, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Pavão, Vila Velha e Vitória.

Confira a lista completa de escolas: 

Foto: Folha Vitória

Casagrande ressaltou que as escolas serão implementadas em localidades com incidência de vulnerabilidade social, ampliando as oportunidades para os estudantes. "Buscamos colocar essas escolas em regiões que a juventude precisa de oportunidade, em regiões mais vulneráveis do estado. Vamos ofertar, também, o modelo de tempo integral de 7 horas. O que permite que, na parte da manhã, o aluno possa ter uma outra atividade, como um estágio, por exemplo.

A meta do governo estadual é que, até 2024, pelo menos 50% das escolas da rede sob responsabilidade do Estado estejam funcionando no modelo integral, o que representa 25% dos alunos matriculados no Espírito Santo. Atualmente, esse número é de pouco mais de 7%.

Escolas cívico-militares

O governo não prevê nenhuma escola sob gestão do Estado no modelo cívico-militar, proposto pelo Ministério da Educação. Atualmente, apenas o município de Viana anunciou que uma escola do tipo já está em construção. Apesar de optar pela não adoção do modelo, o secretário de Educação afirmou que a Sedu respeita a opção de cada município.

"É uma decisão do município. Pelo que dissemos, nosso planejamento está baseado no programa de Governo e no Programa Estadual de Educação e, em nenhum desses documentos, há menção às escolas militares, nem como meta e nem como estratégia. O plano estadual de educação é um documento de Estado. É um documento para 10 anos, mais de um governo. Como política de estado e respeitando o que a legislação colocou como compromisso da sociedade com a educação, pactuado pelo estado e não pelo governo, nós entendemos que não havendo isso como meta ou estratégia, não deveria entrar no nosso planejamento. Mas isso não significa que não respeitamos a decisão de municípios, que tiveram também o prazo para fazer adesão. Nossa não adesão não é do Espírito Santo. É da rede estadual", disse o secretário.

Universidade Estadual

Sobre a criação de uma Universidade Estadual do Espírito Santo, o secretário afirmou que o projeto está em fase de formatação jurídica. Ele explicou que a proposta é realizar uma otimização administrativa do que já existe no estado. "Já estamos no curso superior. Há 60 anos o Espírito Santo tem curso de música, de licenciatura e bacharelado; a polícia tem bacharelado em ciências criminais; a Saúde tem a residência médica e saúde da família. Hoje temos essa atuação, mas está espalhado. Queremos fazer uma otimização administrativa, sem desrespeitar a autonomia e a particularidade de cada secretaria", disse.

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