Geral

Núcleo da Escola “Natalina Wernersbach” planta Ipês Amarelos

O plantio faz parte de um projeto desenvolvido pela escola sobre o lixo, o meio ambiente e a sustentabilidade, onde a sustentabilidade é um dos princípios do Documento Curricular da escola

Foto: Divulgação

Na quarta-feira (14), em ação promovida pelos profissionais da EMUEF “Natalina Wernersbach”, em parceria com Valter Braun, sócio-gerente da Kebis, foi realizado o plantio de 21 mudas de Ipês Amarelos, na ladeira em frente à Igreja Nossa Senhora da Penha até a ladeira da Escola “Natalina Wernersbach”, na localidade Vale da Estação em Domingos Martins.

O plantio faz parte de um projeto desenvolvido pela escola sobre o lixo, o meio ambiente e a sustentabilidade, onde a sustentabilidade é um dos princípios do Documento Curricular da escola. A professora regente da Educação infantil, Arlete Stofell Hertel disse que conhecendo a história da empresa Kebis, sobre o cultivo de mudas de árvores nativas, nas sacolinhas de biscoitos, que seriam descartadas, fez um convite a Valter Braun para gravar um vídeo sobre esse projeto que seria enviado aos nossos estudantes compondo as atividades remotas neste tempo de pandemia da Covid 2019”.

Foto: Divulgação

“O vídeo foi enviado para os nossos estudantes, mas durante a gravação, fomos presenteadas com as mudas de ipê. A princípio seriam enviadas para a casa dos alunos, mas em diálogo, entendemos o quanto seria importante plantar essas mudas aqui na comunidade e quando as crianças voltarem para a escola, cada uma será responsável em cuidar de uma árvore” explicou Arlete.

O núcleo da Escola “Natalina Wernersbach” envolvido no projeto do plantio das mudas, que tem como objetivo também, preservar o meio ambiente e melhorar a arborização urbana, foi composto por Arlete, Anália, Cláudia, Lívia Marcela, Marina, Luísa Emília, Rogério e Gilsara que contaram com o apoio de Betinho Christ. Os estudantes não participaram do plantio devido a pandemia e estão com aulas presenciais suspensas.

Foto: Divulgação/Pixabay

Ipê Amarelo – a Flor Nacional

O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia vellosoi, a Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de nosso país.

Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é muito valorizada, sendo bastante utilizada na construção civil e naval.

Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua), embora sejam de madeira muito pesada para flutuar. Tabebuia era, na verdade, o nome usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma árvore de madeira leve da região litorânea do Brasil, muito usada hoje na fabricação de artesanatos, instrumentos musicais, lápis e vários outros objetos.

Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como lapacho.

De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos. Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus chrysotrichus.

Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata nativa, quando isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado com calma e reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores.

As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades.

Pontos moeda