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Ícone do bicicross é assassinado em SP

Redação Folha Vitória

São Paulo - José Wilton Oliveira, o Drac, de 47 anos, considerado expoente do BMX - esporte também conhecido como bicicross e que conta com bicicletas preparadas para corridas e manobras - foi assassinado na manhã desta terça-feira, 7, em Santa Cecília, na região central de São Paulo. Drac estava na sua loja quando foi abordado por um homem com quem conversou por alguns minutos. Instantes depois, a mesma pessoa voltou e disparou três vezes contra a vítima, que morreu no local. A polícia investiga o caso.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o crime ocorreu por volta das 9h30 na Rua Jesuíno Pascoal, onde Drac tinha uma loja especializada em BMX Freestyle havia cerca de 20 anos. Uma testemunha de 25 anos disse ter visto o momento da conversa e quando o homem retornou realizando os disparos. Nada foi roubado da vítima, dos clientes ou da loja e, por isso, o crime foi registrado como homicídio simples e será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.

O crime chocou esportistas, cicloativistas e parentes de Drac, um grande apoiador do esporte no País. Ele, segundo amigos, competiu no início do BMX no Brasil, entre o fim da década de 1980 e meados da década de 1990. Depois, com a loja, passou a apoiar jovens atletas. "É uma perda irreparável. Era a pessoa por trás da promoção de eventos, capacitação de jovens atletas e articulação para patrocínios. A vida inteira era voltada para o que sempre curtiu", disse a jornalista e cicloativista Renata Falzoni.

O amigo Márcio Arouca o definiu como "ícone do esporte no País". "Ele incentivava e descobria talentos. Era a principal pessoa que fomentava esse esporte", disse ontem. A loja, contou, era referência para quem buscava produtos e também servia de ponto de encontro para atletas e admiradores do BMX.

Douglas Leite de Oliveira, o Doguete, de 26 anos, atual referência brasileira no esporte, lamentou a morte e relembrou o apoio que teve no início da carreira. "Ele sempre ajudou a molecada, a ponto de eu ir lá fazer conserto e ele dizer para pagar quando puder. Sempre dava conselho e sempre foi bom com todos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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